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quinta-feira, maio 23, 2013

OBRAS DE ARTE FALSAS....DUVIDOSAS...EIS A QUESTÃO

Pincelando sobre o tema de obras de arte falsas ou duvidosas colocadas a venda no mercado internacional.

Uma questão um pouco mais complexa do que muitos dizem sobre o assunto de autenticidade de obras de arte.Eu que venho acomapanhando a alguns anos projetos de catalogação de alguns artistas brasileiros posso dizer isto por exercício da profissão de marchand independente, avaliador e consultor no mercado nacional.A Lei Autoral é ótima e melhor ainda tem ficado por uma serie de encontros promovidos pelo MinC que tenho participado a convite, por todo país mas o que não é bom é se achar que o patrimônio artístico e cultural seja só um patrimônio do artista e de seus herdeiros quando os tem.O patrimônio é sim da nação cultural brasileira e cabe sim ao Estado, ao MinC desenvolver uma plataforma simples, efetiva e de baixo custo para que a catalogação, guarda, preservação e gestão desta obra seja um seguimento efetivo para um conhecimento público posterior.Sem este desdobramento o que acontece é que certos marchands tubarões e comerciantes inescrupulosos se tornam "donos e propietários" de certos artistas, suas obras e saem por aí blasfemando opiniões mas não escrevem nada.Quando muito torcem o nariz e logo após oferecem uma obra do mesmo artista que dizem ser muito, muito melhor.Um caso típico do que falo é a obra do grande mestre do impressionismo brasileiro Manoel Santiago de quem fui amigo e admirador convivendo até seus ultimos dias no atelier do Parque Guinle no RJ.Por minha ligação cultural com a amazônia, Santiago para mim tem uma importância magistral e fico entristecido com a grande proliferação de obras duvidosas atribuídas a Ele que circulam no mercado de arte no Brasil.Este é um bom exemplo de uma grande obra, de uma grande patrimônio artístico desamparado e largado à própria sorte.Infelizmente as questões sobre este tema no país tem na prática desdobramentos inconsequentes e irresponsáveis.É o caso que muitas vezes quem não conviveu com o artista, quem nunca o viu pintar ou esculpir, do dia pra noite passa a ser mais especialista que o próprio filho do artista que convivia e aprendeu a pintar com seu pai.Existem sim questões legais a serem amadurecidas mas existem também questões éticas, morais e profissionais a serem revistas dentro do próprio mercado de arte brasileiro.