Caminhem pela Arte e Cultura.

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sábado, maio 24, 2025

ROSINA BECKER DO VALLE








ROSINA BECKER DO VALLE



ROSINA BECKER DO VALLE_0173 com IVAN SERPA 1957

Coleção Ricardo V. Barradas



 

ROSINA BECKER DO VALLE_0172 com IVAN SERPA 1957

Coleção Ricardo V. Barradas






ROSINA BECKER DO VALLE_0171 com IVAN SERPA 1957

Coleção Ricardo V. Barradas






ROSINA BECKER DO VALLE_0168com IVAN SERPA 1957

Coleção Ricardo V. Barradas






ROSINA BECKER DO VALLE_0170 c IVAN SERPA 1957

Coleção Ricardo V. Barradas

da serie de 250 desenhos de óleo sobre papel e cartão da mesma coleção.






ROSINA BECKER DO VALLE 
 os galos  osm  024 x 027 ass e datado 1990

Coleção Ricardo V Barradas






ROSINA BECKER DO VALLE 
0,65 X 0,82 cm
A FLORESTA BRASILEIRA OST , Assinado no centro e datado de 1968

Coleção Ricardo V. Barradas





ROSINA BECKER DO VALLE 
"A Hora da Oração" 
OSTCE com 1,20 X 1,20 cm assinado cid e datado 1960.

Coleção Ricardo V. Barradas




ROSINA BECKER DO VALLE
0,50 X 0,50 cm 
  A Hora da Oração , 1956 a 1959  

Acervo da Galeria Jacques Ardies SP






ROSINA BECKER DO VALLE  
ost 16 x 22 da serie folclore brasileiro BOI MAMAO 
ass e datado 1977 
ex coleção Noêmia do Valle, filha da artista.

atual 
Coleção Ricardo V. Barradas



ROSINA BECKER DO VALLE 

ost 38 x 46 cm A Floresta Brasileira assinado e datado 1997

Coleção Ricardo V. Barradas




ROSINA BECKER DO VALLE

 Marinha - Óleo sobre tela, assinado e datado de 1986, medindo 10 cm por 10 cm

Coleção Ricardo V. Barradas




ROSINA BECKER DO VALLE 

"O Velório" 

 óleo sobre cartão, 0,39 x 0,49 cm - acid e datado 1950. 

Ex Coleção Mauricio F. do Valle, filho da artista.

Saudoso Amigo que me presenteou com a obra que mais gostava

Coleção Ricardo V. Barradas




ROSINA BECKER DO VALLE 

" Morro da Feira e da Igreja "

óleo sobre tela

Coleção Ricardo V. Barradas






Rosina Becker do Valle

Diálogos no acervo - Rosina Becker do Valle, Índio na floresta (Caboclo)

domingo, março 16, 2025

Reflexões do Agora



Na atmosfera virtual a palavra é bem mais ágil que a frase. Um pouco mais a frente, com a inteligência artificial, o ideograma substituirá a palavra sem interpretação. Velho e o Novo, os Hieróglifos do Antigo Egito é a forma mais moderna de escrita. Ledo engano, muita coisa que veio do passado, na verdade vem do futuro. 


Ricardo Vianna Barradas

terça-feira, dezembro 17, 2024

RAPHAEL FREDERICO - HISTORIA DAS ARTES PLASTICAS DOS PINTORES NEGROS NO BRASIL.





RAPHAEL FREDERICO







Raphael Frederico ou Rafael Frederico (1865-1934)
Foi um artista negro que nasceu no Rio de Janeiro e atuou como pintor e professor. Matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) em 1877 com apenas 12 anos de idade. Perdeu o pai ainda na infância, e sua avó ofereceu custear seus estudos como artista desde que freqüentasse a Escola Naval, porém, a oferta foi recusada. Morava com a mãe no morro de São Januário, no Rio de Janeiro. Devido à situação precária e de extrema pobreza em que vivia teve que interromper seus estudos diversas vezes.
Rafael Frederico foi aluno de Victor Meirelles e Agostinho Jose da Motta e esteve presente num período importante das reformas da academia, como a passagem da Academia Imperial para Escola Nacional de Belas Artes. Concluiu seu curso em 1890. No mesmo ano freqüentou e expôs no Atelier Livre juntamente com Eliseu Visconti, Fiúza Guimarães e França Júnior.
Em 1893, concorrendo com o pseudônimo “Brasil” no concurso anual da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) conquista o prêmio viagem à Europa. Logo o primeiro artista negro a conquistar o maior premio da academia no século XIX.
Em 1894 vai para Paris e depois, em 1896, vai para Roma onde realiza estudos e cópias. Trabalha como assistente de Zeferino da Costa nos projetos da Igreja da Candelária do Rio de Janeiro. Em seu repertório estão incluídos a pintura religiosa, retratos, natureza morta, paisagens, além de estudos de nus. Suas obras são raríssimas, de valores inestimáveis e por isto quando aparecem alcançam altas cifras junto aos mais exigentes colecionadores de arte brasileira.
A obra aqui apresentada, é um óleo sobre tela, oval com 28 x 23 cm, assinado no meio direito R. Frederico, Roma 1896. Com titulo " il sogno della ragazza." ou
" O sonho da menina ". Acompanha uma bela moldura francesa século XIX, entalhada a mão com folhas de acanto burilada a ouro.

Texto e obra da Coleção Ricardo V. Barradas.




 

quarta-feira, novembro 20, 2024

CIGANOS ou ROM na Língua Portuguesa

 


CIGANOS ou ROM na Língua Portuguesa.



Existe na língua portuguesa uma antiga prática lingüística ofensiva e pejorativa, sobre a palavra " cigana ou cigano ", por mais que muitos deste grupo étnico assim se auto denominam, acho que deveriam migrar para a palavra ROM. Este termo se deriva de um dos mais antigos e fortes dialetos, falado universalmente no mundo cigano, pois o “ romani ”  (rromani ćhib) é o idioma falado dos Rom e dos Sintos, povos nômades geralmente conhecidos pela designação de ciganos. Pertence ao ramo indo-ariano proveniente do grupo lingüístico indo-europeuEste dialeto não possui escrita, só o conhece quem vive, foi criado ou viveu dentro de uma comunidade e sociedade fixa ou nômade cigana. Esta distorção do termo cigano, vem a muito tempo e por várias formas, nas praticas de linguagem popular e anedotário, muitas vezes quando se quer menosprezar alguém sobre tudo no âmbito do comércio popular, afere se ao cidadão comerciante desonesto, a ele com o termo de ser cigano, sem ter nenhuma ascendência a este determinado grupo. Outra forma de uso indevido, são as giras ciganas no culto brasileiro da umbanda, como se fosse uma corrente de espíritos “adivinhatórios” ou “profetizadores”, o que doutrinariamente não tem o menor fundamento com o culto da umbanda brasileira, criada originalmente no bairro fluminense de São Gonçalo, e o pior que colocam a tradicional imagem católica da padroeira do povo cigano, Santa Sarah Kali, Santa Sara ou Santa Sara, a negra (em romani pronuncia seSara la Kali; e em francêsSara la noire), que segundo várias lendas ancestrais, foi uma discípula de Jesus de Nazaré, venerada assim popularmente como Santa pela Igreja Católica. Ela é invocada como a padroeira dos povos ciganos e das mulheres que buscam a fertilidade. Seu dia de devoção, culto e celebração acontece no dia 24 de Maio, todos os anos pela comunidade cigana do mundo inteiro. Mesmo assim, apesar de ser uma santa católica apresenta se na Umbanda, como sendo mais uma santa de terreiro muito pela cor amarronzada e amulatada de sua pele, lembrando que nada tem a ver com pele negra da etnia africana. Entre tantas variantes populares e politicas de denominação ofensiva e marginal do termo cigano, vale lembrar da perseguição e aprisionamento do grande número de ciganos assassinados no início da Segunda Guerra Mundial, durante a perseguição das minorias na Alemanha Nazista e em outros tristes momentos históricos universais, a dados que os egípcios escravizaram os para as construções das pirâmides do Egito. O que leva a crer, segundo alguns especialistas, pesquisadores e estudiosos sobre o tema, que o grupo original tenha surgido pela primeira vez, a cerca de 3630 A.C., entre um conjunto pequeno de criadores de ovelhas e carneiros nômades do deserto, que viviam em tendas em região, em um local estreito de terras localizadas no sul do atual Egito. Existe um projeto internacional, pleiteando a criação do Estado Romani, mas ainda muito insipiente, logo sem grande vontade politica e com poucos países signatários. Mesmo aqui no Brasil, desde o tempo do império brasileiro e mais tarde na República, e mais recente durante os chamados " Anos de Chumbo " período nevrálgico da ditadura militar que omitiu e censurou toda verdadeira história desta ascendência, sobretudo a ligação ascendente de grandes vultos históricos, assim como Castro Alves, Cecilia Meireles, o próprio Presidente da República JK, Juscelino Kubitschek que entre tantos outros que segundo alguns estudos tinha ascendência cigana por parte de seu bisavô, que chegou no Brasil, da região da antiga Boemia no final do século XIX. Segundo alguns estudos universitários, acredita se que a população cigana no Brasil, hoje esteja perto de 1 milhão, sendo que algumas cidades brasileiras tenham um grande número de ciganos com profissões autônomas e liberais com residência fixa, uma delas é a cidade de Campinas no Estado de São Paulo da mesma forma que existe uma grande concentração de ciganos nômades vivendo em tendas em acampamentos, na região central do país, razão pela qual a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, nas atribuições do Código Canônico vigente, tenha fundado a Pastoral Nômade, sobretudo para dar assistência jurídica, social, educacional e religiosa aos ciganos desta região.

Na cidade do Rio de Janeiro, o bairro que tem maior concentração de ciganos é o bairro do Catumbi, inclusive existe uma Igreja Católica que tem um altar lateral com a imagem de Santa Sarah Kali. A saudosa amiga, que hoje vive em luz na eternidade, Dra. Mirian Stanescon, advogada hoje falecida, muito fez pela comunidade rom e cigana no Brasil. Era considerada, por muita justiça e incansável trabalho, a Embaixadora do Povo Cigano no Brasil. Entre todos seus grandes feitos, um deles foi o projeto e a construção da Gruta Santuário de Santa Sarah Kali, no Parque Garota de Ipanema, localizado na orla da zona sul da cidade do Rio de Janeiro, onde todos os dias 24 dos meses, tem uma corrente de oração para Santa Padroeira do povo cigano e uma Grande Festa no dia 24 de Maio todos anos com tudo de melhor da tradição cigana.

Por tudo, e pelo pouco que humildemente conheço sobre a minha ancestralidade paterna portuguesa e espanhola cigana, gitana e calom, eu sim acredito que no mundo contemporâneo acadêmico e na sociedade inclusiva das diferenças do século XXI, toda a comunidade de ascendência cigana no Brasil e em todos os países de língua portuguesa deveriam mudar o termo de autodenominação étnica de cigano para o termo e a palavra ROM.


Texto de Ricardo V. Barradas