Carnaval. Carne vale, mas só a carne em si não vale nada se a alma estiver nua e impura, maliciosa e indigna dos amores. A carne vale se tiver sabores adocicados por temperos sofisticados ou simples consequentes das perguntas e das respostas nos caminhos , vale pela maturação natural alcançada pelo tempo de guardada ou de repouso pois tudo tem seu tempo exato de ser e indubitavelmente não exist...e combinação mais perfeita que pão e vinho, corpo e sangue, carne e vinho, o néctar do Deus Baco sem necessariamente o seguimento igual ou desigual do bacanal que hoje não mais cabe como normal mas com a personalidade da exata e jovial combinação de uvas viçosas colhidas das videiras no frescor do amadurecimento ritualístico no milagre da vida por mãos sedosas juvenis que trabalham cantarolando canções de apaixonados e adormecem cheias de sonhos
eróticos no verão.
Os sabores da terra fértil e do metal azedo e frio também fazem parte desta combinação afinal quem nunca sofreu por abuso torpe da queimada desumana
Os sabores da terra fértil e do metal azedo e frio também fazem parte desta combinação afinal quem nunca sofreu por abuso torpe da queimada desumana
responde com a seiva justa o plantio carinhoso.
Assim são as almas, os corpos as carnes, as pessoas e as plantações mas os personagens não.
Em suma o carnaval na harmonia exata dos tempos de outrora entre vivos, lava nos a carne e revigora o nosso espirito atormentado pela alegria de festejarmos juntos a celebração da própria vida pois com a temporalidade cotidiana o melhor de nossos bons sonhos vão embora ou tornam se esquecidos para que sejamos em pouco tempo carnes sem alma como pedaços de carnes sem sabor algum
Em suma o carnaval na harmonia exata dos tempos de outrora entre vivos, lava nos a carne e revigora o nosso espirito atormentado pela alegria de festejarmos juntos a celebração da própria vida pois com a temporalidade cotidiana o melhor de nossos bons sonhos vão embora ou tornam se esquecidos para que sejamos em pouco tempo carnes sem alma como pedaços de carnes sem sabor algum
e chamuscadas de cinzas soltas ao vento.
Ricardo V. Barradas