Caminhem pela Arte e Cultura.

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terça-feira, março 18, 2008

MANOEL SANTIAGO (1897 - 1987) e a sua Obra

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago (Manaus / Amazonas, 25 de março de 1897 – Rio de Janeiro, 29 de outubro 1987), pintor, desenhista e professor. Marido da pintora Haydéa Santiago. Começou seus estudos de desenho e pintura, em 1903, quando mudou com a família para Belém do Pará. Aos 22 anos foi para o Rio de Janeiro.Cursou faculdade de Direito ao mesmo tempo em que estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland e teve aulas particulares com Eliseu Visconti (do mestre herdou o gestual impressionista, a utilização de cores suaves e o domínio da luz).De 1927 a 1932 morou em Paris com a bolsa do Prêmio Viagem do Salão Nacional de Belas Artes. De volta ao Brasil (1932) foi professor do Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro; integrou e orientou o Núcleo Bernadelli, onde deu aulas de Pintura e Desenho. Produziu os murais para a Alfândega do Rio de Janeiro e para o Instituto do Açúcar e Álcool.Participou de inúmeras exposições e mostras como o Salão dos Artistas Franceses, Salão de Outono, criou e expôs o Salão Primavera, Salão Colonial dos Artistas Franceses, Salão de Inverno, Bienais paulistas, cariocas e estrangeiras, Salão Panamericano, entre outros – em cada uma dessas recebeu prêmios ou menções honrosas.Com influência impressionista ficou conhecido por suas pinturas paisagistas. O antigo Museu de Manaus, para homenageá-lo chama-se Museu Manoel Santiago.
Ricardo Barradas,nos tempos que morou em Manaus,muito ouviu falar do famoso filho da terra,que ganhou notoriedade no mundo das artes plásticas.
Mas pensar que algum dia,pudesse a vir,conhecer o Grande Mestre Manoel Santiago,seria um total absurdo.Mas a vida,nos reserva,algumas oportunidades impares,como se cada destino já estivesse traçado,pelo Grande Arquiteto do Universo.Barradas,não só conheceu Santiago e a sua família,como frequentou sua casa,sempre como um amigo leal,um apaixonado pela vida e obra do Grande Mestre Amazonense das Artes Plásticas.
Hoje,alguns ditos "especialistas" na obra do artista.Dizem que frequentavam o atelier do artista.Sinceramente,não passam de bufões,oportunistas de plantão,pois nunca,nem em uma só vez,vi os ditos cujos,
falsos especialistas,por lá.Devem ter ido,em sonhos.
Pesadelos,para tantas bobagens que falam.

Manoel Santiago (1897 - 1987) e o marchand Ricardo V. Barradas

Assunção Santiago, Manoel Santiago e Ricardo Barradas.
No apartamento do artista no Parque Guinle,
RJ-Brasil.




Manoel Santiago e Ricardo V. Barradas,

acompanhando um dos últimos trabalhos,

do Grande Mestre da Arte Brasileira.

Rio de Janeiro. Brasil.








Sr.Tobias Visconti e Ricardo Barradas

Sr.Tobias Visconti (filho do artista Elyseu Visconti),e
Ricardo Barradas,um apaixonado pela obra do Grande Mestre.

sábado, março 15, 2008

Moacir Andrade - Coleção Ricardo Barradas


Moacir Andrade - óleo sobre tela - 0,75 por 1,10 cm
"A Lenda da Mãe D'Agua" - a.c.i d. -1984
Coleção Ricardo Barradas - avaliadordearte - RJ

quinta-feira, março 13, 2008

ONGS

Alguns internautas vivem me indagando à respeito do que são verdadeiramente estas organizações não governamentais,que tanto
estão presentes nas ações culturais e educacionais no Brasil.
A partir destas comunicações,que realizo o texto a seguir,
não para servir de base,mas pelo menos para dar uma luz sobre o tema,
que se encontra facilmente explicado na grande rede.
Preferencialmente nos sites abaixo:
ONGs e Terceiro Setor
As Organizações não governamentais (ou também chamadas de organizações não governamentais sem fins lucrativos), também conhecidas pelo acrônimo ONG, são associações do terceiro setor, da sociedade civil, que se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para melhorar determinados aspectos da sociedade.Estas organizações podem ainda complementar o trabalho do Estado, realizando ações onde ele não consegue chegar, podendo receber financiamentos e doações do mesmo, e também de entidades privadas, para tal fim.Atualmente, estudiosos têm defendido o uso da terminologia organizações da sociedade civil para designar as mesmas instituições.É importante ressaltar que ONG não tem valor jurídico. No Brasil, três figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil compõem o Terceiro Setor: associações, fundações e organizações religiosas (que foram recentemente consideradas como uma terceira categoria).
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou OSCIP é um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.Uma ONG (Organização Não-Governamental), essencialmente é uma OSCIP, no sentido representativo da sociedade, mas OSCIP trata de uma qualificação dada pelo Ministério da Justiça no Brasil.A lei que regula as OSCIPs é a nº 9.790, de 23 março de 1999. Esta lei traz a possibilidade das pessoas jurídicas (grupos de pessoas ou profissionais) de direito privado sem fins lucrativos serem qualificadas, pelo Poder Público, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs e poderem com ele relacionar-se por meio de parceria, desde que os seus objetivos sociais e as normas estatutárias atendam os requisitos da lei.Um grupo recebe a qualificação de OSCIP depois que o estatuto da instituição que se pretende formar tenha sido analisado e aprovado pelo Ministério da Justiça. Para tanto é necessário que o estatuto atenda a certos pré-requisitos que estão descritos nos artigos 1º, 2º, 3º e 4º da Lei nº 9.790/1999.Pode-se dizer que as OSCIPs são o reconhecimento oficial e legal mais próximo do que modernamente se entende por ONG, especialmente porque são marcadas por uma extrema transparência administrativa. Contudo ser uma OSCIP é uma opção institucional, não uma obrigação.Em geral, o poder público sente-se muito à vontade para se relacionar com esse tipo de instituição, porque divide com a sociedade civil o encargo de fiscalizar o fluxo de recursos públicos em parcerias. A OSCIP é uma organização da sociedade civil que, em parceria com o poder público, utilizará também recursos públicos para suas finalidades, dividindo dessa forma o encargo administrativo e de prestação de contas.OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas.
Fundações São as instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações às entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios. Temos poucas fundações no Brasil. Depois de 5 anos, o GIFE - Grupo de Instituições, Fundações e Empresas - com heróico esforço, conseguiu 66 fundações como parceiras. No entanto, muitas fundações no Brasil têm pouca atuação na área social.Nos Estados Unidos já existem 40.000 fundações, sendo que a 10º colocada tem 10 bilhões de dólares de patrimônio. Nossa maior fundação tem 1 bilhão.Devido à inflação, seqüestros de dinheiro e congelamentos, a maioria de nossas fundações não tem fundos. Vivem de doações anuais das empresas que as constituíram. Em épocas de recessão, estas doações minguam, justamente quando os problemas sociais aumentam.
O conceito de fundação é, justamente, o de acumular fundos nos anos bons para poder usá-los nos anos ruins. A Fundação Bradesco é um dos raros exemplos de fundação com fundos.
Associação
LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE 1998. (Código Civil)

Moacir Andrade - O mágico das côres da Grande Floresta

O pintor Moacir Andrade

Moacir Andrade é um apaixonado pelas paisagens amazônicas e, por isso, retrata os temas caboclos com paixão, buscando inspiração em suas vivências e em sua origem. Amazonense de Manaus, Moacir é pintor, desenhista, professor e escritor. Na arte da pintura iniciou-se como autodidata e no desenho profissionalizou-se estudando na Escola Técnica Federal do Amazonas – ETFAM, atual Cefet.
Por suas obras, tornou-se um pintor renomado no Estado, expondo em outros Estados brasileiros e no exterior, como Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1958); Galeria Montmartre (Rio de Janeiro, 1959); Galeria do Hotel Nacional (Brasília, 1965), I Salão de Artes Plástica da Universidade Federal do Pará (1965); I Salão de Arte Moderna de Manaus (década de 60); universidades americanas de Knoxville, Nashville, Union City, Jackson, Memphis e na Sala dos Representantes do Tenessee, no Congresso Nacional, em Washington (EUA, 1968). A convite da Fundação Cultural Brasil-Japão expôs em Tóquio, Osaka, Nara e Hiroshima (Japão, 1974); Galeria do Hotel Meridian (Rio de Janeiro, 1991) e na Galeria Cândido Portinari, na Embaixada do Brasil em Roma (1995).
Hoje, aos 80 anos, o pintor tem cerca de 10 mil obras espalhadas pelo Brasil, o que o orgulha muito. “Adoro pintar a Amazônia em suas diversas formas. É o meu hobby preferido”, disse. Segundo Moacir Andrade, há três anos não expõe fora de Manaus.

Museu Moacir Andrade

O Museu expõe obras do artista, com um acervo de telas, fotos, livros, correspondências com personalidades da arte mundial, tendo como pano de fundo um período da história recente da cidade de Manaus. O museu também reconstitui a história da Escola Técnica Federal do Amazonas.
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 14h às 17h Endereço: rua Jonathas Pedrosa, 270, Centro (Escola Técnica Federal do Amazonas).

Fonte: http://portal2.manaus.am.gov.br/

O grande mestre da pintura brasileira Moacir Andrade foi quem realmente plantou em minha alma a semente do amor vivo e incondicional a Arte e a Amazônia...não por uma visão altruísta de admirar o belo,sem nada entender...mas de ser participante dos processos criativos,na busca frenética da harmonia das côres,do equilíbrios das formas,da melhor perpectiva,ser parte do milagre amazônico,da abundância,e da falta de tão pouco.
Moacir Andrade,descortinou me para a cultura amazonense,os festejos,as lendas,e histórias,entre os iguarapés e iguapós,o canto dos passáros e o acalanto das águas.
O Brasil,indio,mestiço,caboclo,negro e branco.
Um Brasil que onde nada começa por si só,e muito menos acaba,tudo está intimamente interligado.
O trabalho duro das populações ribeirinhas,que no periodo baixo dos rios,leva a cada habitante da Grande Floresta,viajar em pensamentos,em sonhos e crendices.Moacir ensinou me que não existe lógica na Grande Floresta,existe sim força e movimento,paixão e verdade.
Hoje,o garoto tímido,de olhar e ouvidos atentos que fui no passado,ficou para traz....mas os sonhos de menino frente à Grande Floresta,se renovam a cada dia...
Figura e fundo,se alternam,dentro de uma só existência....Nunca mais reencontrei me com o meu grande mestre Moacir Andrade.Mas em meu íntimo cotidiano, gostaria sim,que ele soubesse ,que sou uma das pequenas sementes novas que verdadeiramente Ele muito contribuiu,para florecer.
Ao meu Grande Mestre Moacir Andrade,"O Mágico das Cores da Grande Floresta", minha perpétua e singela homenagem.


Ricardo Barradas
curador - marchand - avaliadordearte
Rio de Janeiro - Brasil.