Caminhem pela Arte e Cultura.

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terça-feira, janeiro 19, 2021

JOIAS CRIOULAS - JOIA DE CRIOULA - HISTORIA DA MODA

 


JOIAS CRIOULAS

A MODA DO PERIODO ESCRAVOCRATA NO BRASIL


"Rompendo com regras sociais e até leis, mulheres negras que compraram sua alforria encontraram em adornos feitos em ouro e prata a forma mais direta de afirmar sua identidade. Só para se ter uma idéia da ousadia delas, no Brasil do período colonial, os negros eram proibidos de usar tecidos finos e jóias. A venda de produtos diversos pelas ruas, principalmente alimentos, foi a forma que elas encontraram não só para comprar a liberdade como também para bancar a ostentação. Eram as chamadas escravas de ganho. Entre os elementos pendentes, em sua maioria também em prata, os mais freqüentes são a figa, a chave, as moedas, o cilindro, a romã, o cacho de uvas, o peixe e os dentes de animais, remetendo a diferentes tradições. As jóias das crioulas confeccionadas nos séculos XVIII e XIX, consistem em uma coleção de peças de joalheria, especificamente para serem usadas por mulheres negras ou mestiças, na condição de escravas, alforriadas ou libertas. Estes adornos são hoje, objetos de museu, apresentados como exemplares de um tipo muito particular de joalheria, sempre associados às crenças religiosas de suas usuárias, ou vinculados aos senhores de escravos, como exemplo paradigmático de comportamento destes indivíduos, que adornavam suas escravas com uma quantidade exacerbada de jóias de ouro para exibir poder e riqueza. Os escravos de ganho saíam para trabalhar, em tempo parcial ou integral e deviam entregar ao senhor uma parte previamente acertada entre ambos do dinheiro que recebiam por dia ou por semana. Alguns desses cativos não moravam na casa do seu proprietário. Os exemplos mais marcantes desses escravos ganhadores são os mascates de ambos os sexos, os carregadores que trabalhavam em grupo, os artesãos e as quitandeiras Nas novas condições, a melhor estratégia era acumular em jóia, os valores, que um dia, seriam suficientes para a compra de sua alforria, de seus filhos, de parentes e amigos, ou seja, a compra da sua liberdade e também, a dos seus entes queridos. Ou ainda, participando da rede de solidariedade estabelecida pelos escravos, doando suas jóias para caixa de alforrias (fundos comuns para a libertação de escravos). Esta é a principal razão de se classificar estas peças como um design de resistência, por estes adornos de corpo significarem a sobrevivência ao sistema escravocrata. Assim, a joalheria escrava simboliza a resistência destas mulheres a condição de mercadoria. Usar jóias como acessório era imprescindível à elegância da mulher negra, sendo um fato tão pujante que vários viajantes de passagem pela Bahia foram uníssonos em apontar esta peculiar característica, impactante ao ponto de determinar uma portaria real no ano de 1636:O Rei, tendo tomado conhecimento do luxo exagerado que as escravas do Estado do Brasil mostram no seu modo de vestir, e a fim de evitar este abuso e o mau exemplo que poderia seguir sê-lhe, Sua Majestade dignou-se decidir que elas não poderiam usar vestidos de seda nem de tecido de cambraia ou de Holanda, com ou sem rendas, com ou sem rendas, nem enfeites de ouro e de prata sobre seus vestuários. Com este luxo, as escravas causam uma baixa de moral nas capitanias, pervertem os homens brancos, do que resulta o cruzamento das raças e o aumento sempre crescente do numero de pessoas de cor, o que de modo algum é conveniente." 

(Jóia Escrava: design de resistência Slave Jewel: resistances design - Ana Beatriz Simon Factum)




JOIA DE CRIOULA Par de brincos com decoração em coco em ouro 18k sec. XIX
Coleção Ricardo V. Barradas RJ






JOIA DE CRIOULA pingente em coco representando tronco com acabamentos 
em ouro 18 Kt,  século XIX. 
Coleção Ricardo V. Barradas RJ









JOIA DE CRIOULA brincos com decoração em coco e pedras em ouro 18k  século XIX. 
Coleção Ricardo V. Barradas RJ





JOIA DE CRIOULA - Antigo par de Brincos em ouro e toco de coral no feitio 
de tamborete. Bahia século. XIX. 
Coleção Ricardo V. Barradas RJ






domingo, janeiro 10, 2021

ELISEU VISCONTI





ELISEU VISCONTI





 ELISEU VISCONTI
 sanguínea 

Catalogado no projeto do artista D584 

Coleção Ricardo V. Barradas


https://eliseuvisconti.com.br/obra/d584/



Zélia Ferreira Salgado (São Paulo, São Paulo, 1904 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009).

 



ZELIA SALGADO  



ZELIA SALGADO
 1904-2009 

 " Roberto, na estufa de flores"  - OST - 66 X 55. Ass. e dat. 1951

Coleção Ricardo V. Barradas 





um pouco mais sobre a artista

http://zeliasalgado.art.br/a-artista/





ROSINA BECKER DO VALLE

 



Rosina Becker do Valle


Ricardo V. Barradas e o Amigo Mauricio do Valle




Rosina Becker do Valle


sábado, janeiro 09, 2021

Ricardo V. Barradas " Recuerdos del Uruguay " Montevideo

 



Ricardo Barradas e Chang


Ricardo V. Barradas, Albert Chalom e Amigos.




Ricardo V. Barradas e Albert Chalom 



Ricardo V. Barradas e o painel do artista uruguayo Vilaro 




Ricardo V. Barradas em Montevideo


Ricardo V. Barradas em Montevideo




Ricardo V. Barradas em Montevideo





Ricardo V. Barradas em Montevideo - URUGUAI