Caminhem pela Arte e Cultura.

Profile Graphics, Page Graphics

quarta-feira, novembro 20, 2024

CIGANOS ou ROM na Língua Portuguesa

 


CIGANOS ou ROM na Língua Portuguesa.



Existe na língua portuguesa uma antiga prática lingüística ofensiva e pejorativa, sobre a palavra " cigana ou cigano ", por mais que muitos deste grupo étnico assim se auto denominam, acho que deveriam migrar para a palavra ROM. Este termo se deriva de um dos mais antigos e fortes dialetos, falado universalmente no mundo cigano, pois o “ romani ”  (rromani ćhib) é o idioma falado dos Rom e dos Sintos, povos nômades geralmente conhecidos pela designação de ciganos. Pertence ao ramo indo-ariano proveniente do grupo lingüístico indo-europeuEste dialeto não possui escrita, só o conhece quem vive, foi criado ou viveu dentro de uma comunidade e sociedade fixa ou nômade cigana. Esta distorção do termo cigano, vem a muito tempo e por várias formas, nas praticas de linguagem popular e anedotário, muitas vezes quando se quer menosprezar alguém sobre tudo no âmbito do comércio popular, afere se ao cidadão comerciante desonesto, a ele com o termo de ser cigano, sem ter nenhuma ascendência a este determinado grupo. Outra forma de uso indevido, são as giras ciganas no culto brasileiro da umbanda, como se fosse uma corrente de espíritos “adivinhatórios” ou “profetizadores”, o que doutrinariamente não tem o menor fundamento com o culto da umbanda brasileira, criada originalmente no bairro fluminense de São Gonçalo, e o pior que colocam a tradicional imagem católica da padroeira do povo cigano, Santa Sarah Kali, Santa Sara ou Santa Sara, a negra (em romani pronuncia seSara la Kali; e em francêsSara la noire), que segundo várias lendas ancestrais, foi uma discípula de Jesus de Nazaré, venerada assim popularmente como Santa pela Igreja Católica. Ela é invocada como a padroeira dos povos ciganos e das mulheres que buscam a fertilidade. Seu dia de devoção, culto e celebração acontece no dia 24 de Maio, todos os anos pela comunidade cigana do mundo inteiro. Mesmo assim, apesar de ser uma santa católica apresenta se na Umbanda, como sendo mais uma santa de terreiro muito pela cor amarronzada e amulatada de sua pele, lembrando que nada tem a ver com pele negra da etnia africana. Entre tantas variantes populares e politicas de denominação ofensiva e marginal do termo cigano, vale lembrar da perseguição e aprisionamento do grande número de ciganos assassinados no início da Segunda Guerra Mundial, durante a perseguição das minorias na Alemanha Nazista e em outros tristes momentos históricos universais, a dados que os egípcios escravizaram os para as construções das pirâmides do Egito. O que leva a crer, segundo alguns especialistas, pesquisadores e estudiosos sobre o tema, que o grupo original tenha surgido pela primeira vez, a cerca de 3630 A.C., entre um conjunto pequeno de criadores de ovelhas e carneiros nômades do deserto, que viviam em tendas em região, em um local estreito de terras localizadas no sul do atual Egito. Existe um projeto internacional, pleiteando a criação do Estado Romani, mas ainda muito insipiente, logo sem grande vontade politica e com poucos países signatários. Mesmo aqui no Brasil, desde o tempo do império brasileiro e mais tarde na República, e mais recente durante os chamados " Anos de Chumbo " período nevrálgico da ditadura militar que omitiu e censurou toda verdadeira história desta ascendência, sobretudo a ligação ascendente de grandes vultos históricos, assim como Castro Alves, Cecilia Meireles, o próprio Presidente da República JK, Juscelino Kubitschek que entre tantos outros que segundo alguns estudos tinha ascendência cigana por parte de seu bisavô, que chegou no Brasil, da região da antiga Boemia no final do século XIX. Segundo alguns estudos universitários, acredita se que a população cigana no Brasil, hoje esteja perto de 1 milhão, sendo que algumas cidades brasileiras tenham um grande número de ciganos com profissões autônomas e liberais com residência fixa, uma delas é a cidade de Campinas no Estado de São Paulo da mesma forma que existe uma grande concentração de ciganos nômades vivendo em tendas em acampamentos, na região central do país, razão pela qual a CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, nas atribuições do Código Canônico vigente, tenha fundado a Pastoral Nômade, sobretudo para dar assistência jurídica, social, educacional e religiosa aos ciganos desta região.

Na cidade do Rio de Janeiro, o bairro que tem maior concentração de ciganos é o bairro do Catumbi, inclusive existe uma Igreja Católica que tem um altar lateral com a imagem de Santa Sarah Kali. A saudosa amiga, que hoje vive em luz na eternidade, Dra. Mirian Stanescon, advogada hoje falecida, muito fez pela comunidade rom e cigana no Brasil. Era considerada, por muita justiça e incansável trabalho, a Embaixadora do Povo Cigano no Brasil. Entre todos seus grandes feitos, um deles foi o projeto e a construção da Gruta Santuário de Santa Sarah Kali, no Parque Garota de Ipanema, localizado na orla da zona sul da cidade do Rio de Janeiro, onde todos os dias 24 dos meses, tem uma corrente de oração para Santa Padroeira do povo cigano e uma Grande Festa no dia 24 de Maio todos anos com tudo de melhor da tradição cigana.

Por tudo, e pelo pouco que humildemente conheço sobre a minha ancestralidade paterna portuguesa e espanhola cigana, gitana e calom, eu sim acredito que no mundo contemporâneo acadêmico e na sociedade inclusiva das diferenças do século XXI, toda a comunidade de ascendência cigana no Brasil e em todos os países de língua portuguesa deveriam mudar o termo de autodenominação étnica de cigano para o termo e a palavra ROM.


Texto de Ricardo V. Barradas


domingo, novembro 03, 2024

RELOGIO de Chão Imperial do Café Brasileiro - D. Pedro II



RELÓGIO DO CAFÉ BRASILEIRO




DETALHES
RELÓGIO DO CAFÉ BRASILEIRO 

Caixa em madeira de Lei policromada , com pintura na técnica de "bolo armênio"

de folhas, ramos e frutos de Café.

Mostrador em Porcelana de Sévres, circundado com ramos de Café,

ao Centro às Armas do Império Brasileiro, à Ouro,

Apoiado por moldura em finíssimo bronze "ormolu", que apresenta Cena Galante,

de casal de fidalgos enamorando se,

em meio de uma Plantação de Café.

A porta do Relógio traz alegorias de bordados e florões à ouro

sobre o vidro executado à mão,

observando se ainda imperfeições nos vidros,

pois os mesmos foram executados artesanalmente,

em forma de madeira, como era próprio e comum na época.

Pendulo em Porcelana Francesa Imperial de Sévres,

com as Armas do Império Brasileiro, do Período Cafeeiro, escrito em baixo (Império)

circundado de folhas e frutos do Café e arcos dourados em Ouro Brunido.

Abaixo possui um grande ramalhete floral, pintado na técnica de "bolo armênio",

acima das Armas Imperiais Brasileiras em brasão de Bronze Dourado.

Par de Pesos, em Ferro Forget Francês de época, amarrados com
cordoalmento de fibra natural.
Nas laterais da Caixa do Relógio de Chão, apresentam se dois brasões em bronzes dourados,
com as Armas do Império Brasileiro.
Dom Pedro II.

Atendendo a pedidos de vários museólogos, interessados e pesquisadores do
IMPÉRIO BRASILEIRO, e do Período Cafeeiro do Brasil Imperial,
disponibiliza se estas fotos, com detalhes deste maravilhoso exemplar
da relojoaria francesa do século XIX,
Relógio do Café Brasileiro.
O único Relógio de Chão Imperial Brasileiro Dom Pedro II, produzido exclusivamente para o 


Período Cafeeiro do Vale do Parahyba Fluminense no Brasil Imperial.


Existe um outro exemplar, em diferente versão, não semelhante,
de um relógio, também dito imperial, que na verdade é monárquico, pois é
Dom João VI ,executado no final do séc. XVIII.

Este aqui retratado, teria sido executado,
nos primeiros anos do início do século XIX.
Ambos possuem à mesma, máquina francesa,"Contoise",
comum aos importantes relógios da época.
São peças distintas,
de Coleções diferentes, que dignificam épocas históricas diferentes.
Tanto um, quanto o outro, são únicos, na representatividade,
da monarquia e do império brasileiro.
Ambos são peças de muita importância histórica e de rara beleza.
E são preservadas em suas coleções ,em extraordinário estado de conservação.
Tanto o relógio Pedro II como o D. João, são originários das Fazendas Cafeeiras Imperiais, do Valle do Parayba  Fluminense - Vassouras, RJ, no Brasil Imperial, Também conhecido como Vale do Café, onde ocorreu 
de forma determinante o Ciclo do Café Brasileiro.

E particularmente, ambos relógios encontram se atualmente
em Coleções Privadas,
no Estado do Rio de Janeiro, Brasil.


Mas uma vez, informo que:
Relógio Imperial do Café Brasileiro,
não encontra se à venda.

No entanto a atual Coleção Imperial, proprietária,
sempre se dispõe, a estudar qualquer pedido para :
pesquisas, estudos, publicações e exposição temporária do

Relógio do Café Brasileiro Imperial Dom Pedro II,
 
em favor de instituições públicas e instituições particulares, que objetivam à promoção, comemoração, celebração, divulgação,
e mesmo estudos e pesquisas acadêmicas,
do período cafeeiro fluminense, da História do Café Brasileiro,
da Politica Cultural do Brasil, da França e de Portugal.












Coleção Particular no Rio de Janeiro

BRASIL



Barão de Itambé - 1874

 



Castan 1874
"Barão de Itambé"
Joaquim Jose Teixeira Leite
Obra similar em tamanho diferente encontra se no
Museu Casa da Hera em Vassouras datada de 1873.
óleo sobre tela com moldura de época
com 1,30 x 0,98 cm assinado e datado no cie
Remanescente do espolio do Barão de Vassouras

Coleção Ricardo V. Barradas