Caminhem pela Arte e Cultura.

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segunda-feira, outubro 04, 2010

MOACIR DE TODAS AS CORES - Ellza Souza

"Moacyr de Todas as Cores"
de
Ellza Souza

capa de Thiago Barata (A1Studio)

revisão de Márcio Santos

projeto gráfico de Marcos Sena

coordenação editorial de Jaime Pereira.

PREFEITURA DE MANAUS

CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA CULTURAL

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA E ARTES


Ainda é muito cêdo,para termos a exata dimensão da
universalidade e grandiosidade do conjunto da obra deste
Grande Artista brasileiro e amazonense,
Moacyr Andrade (mesmo que muitos conheçam como Moacir).
De certa forma,a cultura "manauara - de Manaus",
que eu conheço um pouco,
ainda preserva se de forma tímida e triste sua magestral vocação "cabocla".
No início do século passado pela queda do Império da Borracha,
a cultura amazonense retraiu se,
mais a frente pelo estrangeirismo obtido pela Zona Franca,
retraiu se um pouco mais outra vêz,
tudo que era verdadeiramente nativo,só tinha visibilidade,
em pequenos grupos e mesmo assim isoladamente.
Foi por meio destas que chamo plagiamente de
"sociedades de poetas mortos", e
"clube da madrugada"
que conheci o artista professor Moacyr Andrade,
nas aulas de pintura na Antiga Praça da Polícia,
localizada no centro da Cidade de Manaus.
Mas a bom e pouco tempo,de alguns anos para cá,
o que vem acontecendo,
ora pelo modismo internacional da Amazônia,
ou das políticas de sustentabilidade ambiental mundial,
a percepção da verdadeira cultura amazonense,
passa a ter luzes próprias locais,
parece que enfim é chegada a hora,
de perceber o quanto vale para nós,sua alta identidade.
Enfim a cultura amazônica,que para mim existe,
muito além da "comercialidade" que nos induz o sábio olhar do
famoso escritor,pesquisador e intelectual amazonense
Márcio Souza.
Talvez por eu não ser filho legítimo desta terra,
tenha desacertadamente,um outro ponto de vista,
e sendo assim,vejo que a cultura da amazônia
sai das sombras do menor valor adormecida
das atitudes tão peculiares
das populações ribeirinhas,e dos modos dos habitantes
da pequena cidade,
mesmo que abundante e agiganta, lança se com
tenacidade,luz e força entre os letrados locais para constituir,
dentro e fora deste universo,
a verdadeira contemporânea cultura nacional brasileira.
Da mesma maneira acredito na vocação mundial
da cultura amazonense,mas por meu pensamento,espero
e acredito,que o primeiro passo seja o fortalecimento,
reconhecimento e a valorização da indentidade local,
tão mais importante que global.
Sendo assim,com a mesma força e a magia do antigo amuleto
das "guerreiras amazonas",o "sapinho verde",
que sempre me protegeu por tantas caminhadas e navegadas,
mais uma vêz aparece.
Nada mais próprio que está obra ícone,
da cultura amazonense,hoje aqui apresentada,
e ofertada a mim,
gentilmente pela amiga - autora Ellza Souza,
seja lançada com maestria pela
Edições Muiraquitã,(o sapinho verde)
sêlo editorial,
que
vem conseguindo
a cada feito,
retomar e recontar a verdadeira história,
da identidade e da cultura amazônica,
realidade impar e especial pelo seu grande valor
de ser e viver no coração fervente
deste imenso continente verde,
dentro de uma das regiões mais bonitas
do imenso norte verde e da abundância das águas do nosso país.
Falamos em Universo,Continente,Grandiosidade,Mudializações,
mas de qualquer forma,não justifica se
as poucas políticas culturais implementadas
para a tão grande região norte,deste país.
Ainda existe muito por fazer,e ainda existe muito a creditar,
e difundir sobre a cultura da maior planície verde brasileira.
Mas,
neste caso aqui,
este lançamento que recebe a assinatura
da amiga pesquisadora Ellza Souza,
é sem dúvida alguma,um marco e um tributo
a cultura devida do que é grande
e o amor incondicional
de todos os seus filhos bem nascidos por lá,
e alguns filhos amados adotivos,de cá,
como eu,que com muita honra me aproprio disto,pois
aprendi e ainda aprendo até hoje a melhor amar
A Grande Mãe Amazônica.
Esta obra é um marco editorial que
revela se a cada imagem,fotografia e palavra,
a imensidão destes sentimentos,e a força desta cultura
própria de pessoas comuns,
que aprendem,e muitas vêzes inventam palavras,
(como é o meu caso),
para divulgar mesmo assim de forma bem tenue,
a "gigantilidade cultural " que existe e habita por lá.
Sendo assim esta obra,torna se uma literatura mais que obrigatória,
para todos que pretendem entender um pouco mais o que é de fato
ser brasileiro,ser cidadão da vida e amazônico.
A exemplo desta grande mágia da criação,
que tudo que é amazônico envolve,
nos diz as palavras:
"...fascínio das palavras e a vida que pulsa nas páginas
dos textos expressivos da criatividade e
intensidade humana dos criadores...",
Amazonino Mendes
Prefeito de Manaus
(Em seu texto indicativo contido,
na contra capa desta magnífica obra:
Moacyr de Todas as Cores,de Ellza Souza).
Enfim,é chegado a nós
um tributo mais que verdadeiro,
da vida cotidiana,simples e mágica amazônica,
e
um registro da genialidade universal deste grande mestre,
que no ofício das cores e da criação,
eterniza para sempre uma das faces desta
nossa Grande Floresta.