Hoje muito se fala de respeito as diversidades culturais.Hoje muito se fala no que seja politicamente correto.Fala se também no estudo continuo da sociedade contemporânea.Tudo isto,é bonito,mas à maioria dos registros,do intervalo entre o institucional e o contemporãneo,que deve ser o nosso moderno,se perde ano a ano.
O centros de pesquisas da história contemporânea,vem perdendo a cada ano,um volume incalculavel,de registros que não estão resguardados em local algum.
Principalmente em regimes democráticos recentes,originárias de velhos regimes ditatoriais, abandonada,cinzenta e escondida como foi o nosso.
Todo testemunho vivo e pessoal,de cada participante é muito importante.
Talvez seja a única fonte,para determinação de possiveis posicionamentos comportamentais de uma sociedade durante o periodo de medo.
Em outros lugares,em outros países,podem existir leis federais,que colocarão futuramente,em liberdade os fatos mais importantes do fato histórico,em si,ora hoje ainda fechado a sete chaves,mas em nosso caso não existe esta remota possibilidade,por que a maioria dos registros históricos,dos documentos,das comunicações e publicações internas dos regimes, foram todas queimadas,foram totalmente destruidas,pela própria Ditadura Opressora,durante os processos de perda gradativa da então força intitucional.
Chamo atenção a muitos pesquisadores sociais e culturais,sobre a importância crucial deste material,destes registros de memória viva,que poderiam e deveriam,estar sendo narrados pelos sobreviventes históricos que ainda se encontram entre nós.
Na maioria dos casos,suas memórias estão em total abandono,seus testemunhos fontes originais estão sendo fartamente negligênciados,o que ocasionará,futuramente um grande hiato,um abismo,neste vazio de informações,sobre os verdadeiros processos-passagens,entre um estágio de estado social,cultural,educacional e o outro subsequênte.
Algumas tentativas,já foram feitas,isoladamente,e sem uma grande efetividade,sobre a preservação deste registro social,o Museu da Pessoa,na Capital Paulista,é uma delas,mas principalmente,no Estado do Rio de Janeiro,esta cultura está muito mais sendo negligênciada.
O Rio de Janeiro,tem por sua própria história dentro dos regimes ditatorias,uma grande importância.Foi por um largo tempo a capital politica e cultural da ditadura brasileira,sede do Primeiro Exercito,sede do Primeiro Distrito Naval,sede do primeiro Conar.
A história da Cultura Brasileira,a partir do Rio de Janeiro,que era até a fundação de Brasilia,o Centro de Comando do Governo Brasileiros,também emanava para os demais pontos da federação,todas às iniciativas culturais e educacionais,ooficializadas pela permissão estatal....Sendo assim,estes registros culturais brasileiros se interligam,com as ações permissivas e proibitivas dos Censores de Cultura na Ditadura.
Um destes ultimos Censores Federais,foi o meu grande amigo
Dr.Pedro Chediak,tio do grande pesquisador da música popular brasileira Almir Chediak,e irmão do Prof.Reitor.da Santa Ursula do RJ.
Ele é sem dúvida alguma,uma das principais e mais importantes fontes,deste periodo,da História Social no Brasil.
Alguma coisa,já existe registrado,por alguns pesquisadores independentes,mas ainda é pouco ,existe muito por saber,e as fontes vivas,estão paulatinamente se extinguindo se,por força na finitude da existência temporal da própria vida.
Algumas ações urgentes deveriam acontecerem em nome deste arquivo registrante vivo,do testemunho real e oral,da experiência de vida de cada um,que em função,destes importantes papéis,frente a Arte Permitida de seu tempo,transitou na gravidadade original da chamada Arte Oficial,pelos modelos e esferas próprias dos regimes politicos.
Mesmo sem qualquer ação efetiva neste momento presente,este material a ser recolhido deveria,estar sendo todo preservado,ora por algum Centro Acadêmico,nas eferas Públicas ou Privadas, do país,ora por algum Ministério Federal,ligado direto ou indiretamente a area da Cultura e da Memória Nacional.
De certo,este vasto material,que ainda se encontra,ora já com alguma dificuldade,vai ser perdido,será efetivamente uma grande lacuna vazia para os futuros pesquisadores sociais no Brasil.
Sinto -me responsável de certa forma,por este defeito.Por perceber,e nada poder fazer.
Percebo que este,e outros materiais,aos poucos,escapam entre os dedos ,e muito será ficcionado pelas futuras gerações de pesquisadores,mas hoje,infelizmente ainda não sou ligado,mesmo que indiretamente a nenhum Centro de Pesquisa Oficial no país.Preservo,Guardo,o muito pouco que está a meu alcançe.
Mas infelizmente,no Brasil,só apareceram providências futuras neste sentido para arquivamento e conservação desta documentação,quando já for tarde demais para obtenção de qualquer registro.