Eu ontem participei,da aula inaugural da pós-graduação,MBA de Gestão e Produção Cultural,que estou fazendo na Fundação Getúlio Vargas.A aula inaugural,teve uma palestra do Crítico - Curador Marcus Lontra,o mesmo da Exposição "Onde está você, Geração 80?" ...e derrepente o palestrante inicia a preleção falando,que Tarsila do Amaral ,a nossa musa da Semana Moderna de 1922,nada mais era que uma "copista errada",pois copiava mau feito,
à pintura do renomado pintor cubista francês Fernand Léger,segundo a observação e avaliação do Sr. Marcus Lontra.E não parou,por ai,falou que tinha pavor a arte academica,que o melhor que existe é arte contemporânea.
Que ainda não tem uma histórica avaliação.
Acho que os pensamentos andam confusos,da mesma forma que,
é de assustar o que dizem,e os parametros que colocam nos Concursos e Salões,limitando a Arte no Brasil,que por si só já vive uma realidade toda fracionada.
Neste caso da palestra inaugural da FGV,eu me calei,publicamente frente às erroneas colocações do Sr.Marcus Lontra,segundo minha ótica e avaliação.
Assim,fiz,por que estava eu na condição de aluno ,
e ele de convidado palestrante.
Mas confesso que por diversas vêzes,pensei em abandonar indelicadamente
a preleção da barbaridade.Totalmente equivocada esta nova visão da história das Artes Plásticas no Brasil, que deverá ser reescrita,segundo o palestrante,à partir dos gênios contemporâneos da Geração 80 do Parque Lage,enterrando,e banindo toda herança acadêmica e clássica,impressionista ou expressionista,cubista ou minimalista,findando tudo que seja institucional,histórico,academico,e educacional brasileiro.
Mas por eu ter feito no passado carioca ,o primeiro Projeto de Arte Pública no Estado do Rio de Janeiro,juntamente com a RIOARTE e a Arquidiocése de São Sebastião do Rio de Janeiro (Igreja Católica),no bairro carioca da Zona Oeste,Bangú,com o então
diretor da RIOARTE,o intelectual nordestino Dr.Gerardo de Mello Mourão,com o sacerdote também de origem nodestina,Padre Max Rodrigues,de Bangú,e a Artísta Plástica carioca Mária Rosália,e vejo
o bom trabalho que foi feito pelo crítico-curador Marcus Lontra, juntamente com a Prefeitura de Nova Iguaçu,tenho uma modesta admiração pessoal específicamente por este feito,por consequência em dar proseguimento à idéia,e de um trabalho,de certa forma,por mim,foi iniciado no Rio de Janeiro,em uma época pré-Darcy Ribeiro.
Mas tudo neste Brasil,apaga se muito rápidamente,
existe um culto do novo,injustificado,que renega o próximo passado,com muita velocidade,
e isto é totalmente errado.Não existe futuro algum
sem a celebração do passado.
Não é feio não,é totalmente errado e finito
.
"Em Cultura,não tem como seguir em frente,
se não institucionalizamos o passado."
Aos poucos alguns novos participantes excluem o que já existe,
por força de uma não autoridade,esquecem e destorcem às verdadeiras
histórias culturais e etnicas de nós mesmo,
cada vez mais nos impedem de fazer parte,
desta chamada nova realidade.
Para um lugar cada vez mais injusto.
Antes o Brasil era o País do Futuro,
hoje é um país que se finda dentro da manipulação
cultural de massa,administrada erroneamente por certos grupos minoritários no exercício pleno dos ditos interesses meramente finaceiros.
Pouco se pode fazer em política cultural no país,
enquanto não entenderem,
que Arte e Cultura
são políticas de governo,e não de partidos isolados.
De certa forma,esta é a infeliz proposta coadjuvante da chamada Arte Contemporânea,nesta nossa idade,reflete o novo formato claro de injustiça,
esquecimento e maldade.