Caminhem pela Arte e Cultura.

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terça-feira, setembro 23, 2008

Caio Mourão - Paula Mourão - Ipanema - Arte Jóia - Brasil.

Caio Mourão nasceu em 1933, em São Paulo. Foi aluno de Aldo Bonadei e colaborador de Antonio Bandeira e Di Cavalcanti em vários painéis.
Caio Mourão,muito me ensinou à respeito,da
obra de ANTONIO BANDEIRA,já que êle foi
colaborador do grande mestre das pinturas abstratas,
das cidades iluminadas,das cenas noturnas da Capital Francesa.
Diferentemente de muitos ditos profissionais,que
só aprenderam nos livros,e se acham especialístas.
Caio Mourão,
expôs na II Bienal de São Paulo.
Em 1956, iniciou-se em Artes Plástica Joalheira.
No ano seguinte, mudou-se para o Rio de Janeiro e
se tornou carioca 'por adoção'.
Em 1963, conquistou o 1º Prêmio Internacional de Joalheria, na VII Bienal de São Paulo. Foi para Paris a convite de Pierre Cardin, no final dos anos 60. Ministrou curso de design em Portugal e aprendeu técnicas de fundição e prataria pesada. De volta ao Brasil, em 1969, começou a dar aulas em seu atelier, em Ipanema. Aos poucos, sua filha Paula foi assumindo o comando dos cursos, sempre com a supervisão de Caio. Alguns dos mais importantes nomes do design de jóias,das artes plásticas joalheira,da joalheria,
na América Latina,passaram pelo Atelier Mourão.
"Caio Mourão,ainda vai ser por muito tempo à verdadeira referência,
para as novas gerações que iniciam se na longa e mágica trajetória da
Arte Jóia no Brasil.Ele foi e é o verdadeiro "Bandeirante Desbravador",do
caminho brasileiro,da jóia assinada,expressão de arte com autoria e
propriedade.Antes por abandono mais recetemente por pirataria,
mas existe no percurso à idéia-matriz de propriedade,e pela Escola
Brasileira de Joalheria, a carta magna foi gerada e assinada por um
único artista,Caio Mourão."
disse Ricardo Barradas


Caio Mourão
Colar Espacial - realizado em Prata 950 - Paris






Caio Mourão - "Alamanda"
Escultura de Aço,Bronze,Solda Elétrica,
base de dolomita




Caio Mourão


Caio Mourão,era meu dileto amigo,meu professor em joalheria.
Meu mentor em "guanabarices", não é todo mundo que entende
disto não,a maioria só entende de Rio de Janeiro,e
Barra Shopping.Não são e nunca serão.
Geração Bar 20,Antigo Jangadeiros,Cine Pax,Cine Rian,
Spaguetilândia,Metro Copacabana,Cine Asteca.
Não tem muita gente que entende bem do que falo,
só alguns poucos eleitos,e historiadores atentos.
Sinto me honrado de ter sido ex-aluno de Caio Mourão,
sinto falta de nossos jantares filosóficos regados à "caipivodka",sem
açucar,por favor,pelos botequins,de Ipanema e Leblon,dos lugares comuns da noite do Rio de Janeiro,bem antes
de terem sido reinventado pelos Nordestinos
Endinheirados de agora,
que cada vez mais,se
espalham.
Já fazem alguns anos,que a noite do Rio de Janeiro,
é cozinha,garçon,metre,e proprietário,
do Nordeste Brasileiro,nem Japonês e Chinês,escapam,
tá tudo entregue às nordestinidade.
Estes valentes operários das noites,em sua grande maioria,são moradores,
da Rocinha,Pavãozinho,Cruzada e Vidigal.
Eu e Caio Mourão,fizemos algumas parcerias,ao longo dos caminhos,
nossa dinâmica amizade,não ficava quieta por um nimnuto.
Ainda me lembro bem do "porre" de Aqua Vita que tomamos
no Alto Leblon,chegamos perto da meia noite,e ficamos filosofando
e ouvindo Cantos Flamencos,quando abriram os raios
das cortinas,o Sol estava quente,já era quase 15 hs,do dia seguinte.
Como o Aluno sempre tem algo a aprender com o Mestre,
sempre tinhamos muito o que falar.
Eu particularmente sempre fui muito da pedra,por minha
própria formação,e o Mestre Caio Mourão,sempre muito mais do metal,
mas sempre chegavamos a um denominador comum.
A Arte.
Da mesma forma que sempre fui muito,dos elementos químicos,
e Caio das palavras mágicas,mas em um denominador comum,
a Alquimia.
Ele me chamava o tempo todo,de "Grand Marchand",
brincando de certa forma,da forma que falava Pierre Cardin,
fraçês com sotaque de "carcamano",pois era Pietro Cardinni
Pois na verdade,Caio retomou sua produção artística,
tanto na Escultura com na Pintura,
por muita insistência minha.
Uma de suas novas exposições,após estas retomadas,
lembro me bem,foi na inauguração da
Galeria Plural - em Ipanema.
E o resultado,de tanta encheção de "saco",de minha parte,para com
o Mestre , foi Magistral.
Na verdade Caio se recriava a cada novo momento.
O dinamismo na vida,era fundamento mais que presente,
nas ações do Grande Mestre.
Caio era um verdadeiro visionário,na melhor forma da palavra,
um visionário e sonhador nato,
os artistas plásticos joalheiros,como Eu,sabemos bem,
o que isto quer dizer,aprendemos o verdadeiro
significado do Grande Mestre Caio Mourão.
Mas o conhecimento ainda não se fechou,
para Vida,Luz,Beleza e Magia,
da verdadeira e original arte-jóia
brasileira.Ainda existe a possibilidade,
de entender e aprender o antigo conhecimento
de Caio Mourão,pelas mãos de sua principal
herdeira,sua filha Paula Mourão.
A sacerdotisa da transmissão do
verdadeiro conhecimento da Arte-Jóia no Brasil.
A respeito do dinamismo continuo de Caio, Paula Mourão diz:


"Caio está sempre buscando coisas novas e diferentes,
apresentando surpresas delirantes aos nossos olhos" - Paula Mourão




"Se na Genesis no princípio era o Caos, podemos parafrasear dizendo que, na joalheria, no princípio era o Caio. Podemos ir adiante e, observando o que se faz hoje em dia, constataremos que, pela influência que imprimiu em todos nós, no momento ainda ele é a referência mais marcante de que dispomos. Olhando de longe o trabalho dos novos joalheiros, posso resumir afirmando que Caio é o principio, o fim e o meio."

disse Alfredo Grosso, ex-aluno, designer e joalheiro




"O Novo Rio"






Crônica de Caio Mourão
para à Revista Caros Amigos.






Difícil saber o que acontece no Rio de Janeiro neste momento, mas acredito que tanto faz escolher uma palavra ou outra, pois o medo e a ameaça que pairam sobre a cidade não serão atenuados por nomenclatura.Quando digo medo, digo medo mesmo.Vive-se uma situação de espera e de desesperança, tanto lá em cima do morro como no asfalto litorâneo.A morte de Tim Lopes acendeu um rastilho e tudo explodiu, foi o agente catalisador de uma situação insustentável e que era empurrada com a barriga e falastrices de governadores e chefes de polícia e até mesmo de traficantes presos.A brincadeira acabou. Agora não dá mais para adiar nem para mentir nem inventar futuras ações comunitárias ou policiais.Algo terá que ser feito, e rápido.Não adiantam mais passeatas de branco em domingos ipanemenses de sol e chopinho depois, levando enrolada a palavra “Paz” em suas faixas. Isso funciona para sair no Jornal Nacional fazendo carinhas, e nunca para dar uma sofreada na violência e nas balas achadas.*Não é hora de ver ou descobrir o culpado, somos todos nós, desde o usuário que consome a droga, o desgoverno, esta polícia de comédia de cinema mudo, os conhecidos Beira-Mar, Elias Maluco, Celsinho da Vila Vintém e Uê, e principalmente os reais traficantes, os donos do negócio, que ficam no asfalto realizando as operações bancárias e lavando dólares em paraísos fiscais. Se prenderem todos os culpados, teremos que construir mais umas vinte prisões de segurança máxima, e trabalhar em dobro para sustentar os presidiários e garantir todos os seus direitos humanos. Se é uma guerra ou guerrilha eu não sei, mas acho que teremos que lutar, e desconheço com quais armas.Acho que não consigo é mesmo entender o que está acontecendo...Difícil para mim, que moro há anos, desde 1957, nas imediações, e bota imediações nisso, dos morros do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho. Morros da Zona Sul do Rio, e privilegiados, têm entrada por Ipanema e Copacabana, Posto Seis, pode escolher. Morros esses que cansei de subir e descer numa época não tão remota.Tive uma empregada, Jacira, negra e “1001”, não tinha os dois dentes da frente, que residia no Cantagalo, e que depois dos afazeres domésticos levava minha filha, naquela altura com 3 anos, para passear e tomar um lanche em sua casa lá no alto e brincar com sua neta, que minha filha chamava de “Amiga Azul”, pois a negrinha, além de bonitinha, era retinta, raça pura, azulava mesmo.Eu, depois do trabalho, ia buscar a menina, subindo escadinhas e rampas, sempre parando na birosca do Ambrósio e tomando uma Brahma “flapé”, como dizia ele, pois “nóis aqui em riba nem temo geladeira, é só na pedra de gelo”. Conhecia e era bem conhecido, sempre ia numa boa, como se estivesse andando na Visconde de Pirajá, nenhuma diferença, só as ladeiras e as escadarias .No casamento de Jacira, fizemos lá em cima uma grande festa, pois eu era o padrinho e desse dia em diante passei a ser figurinha querida e conhecida, não só no morro, mas também embaixo, quando encontrava com os habitantes do alto.Havia tóxico, sim, mas maconha só, cocaína era coisa de rico e de elite, mas os usuários eram sempre olhados de lado, e catalogados como “maconheiros”.Eu morava na rua Saint Romain, lado de Ipanema, num apartamento térreo, a uns 50 metros da subida para o morro, e não fechava as janelas, nem quando dormia nem quando saía, só em viagens. Nunca entrou ninguém, só Carlinhos de Oliveira, que, quando se perdia na noite ou perdia as chaves na mesma, ia para lá e era só dar um pulinho, segurar na borda da janela e já estava dentro da minha salinha, tantas vezes fez ele isso que eu já deixava a roupa de cama em cima do sofá, se viesse...Até que um dia ficou mesmo e morou comigo por alguns meses, mas dessa vez com chave e sem pulinho. Vários outros boêmios da época também me deram o prazer de sua companhia noturna e às vezes sua companhia vinha acompanhada de outra companhia, e eu ao acordar ou chegar tinha o prazer de encontrar um casal apaixonado no sofá da sala e ao natural. Na época ainda não haviam inventado os motéis, e eu era separado e morava só, ideal para ter como amigo.Agora, bandido ou assaltante nunca entrou nenhum.Bons tempos.Tinha uma namorada nessa época, até me casei com ela depois, e um dia destes, contando ao nosso filho sobre como as coisas eram, ele me chamou de maluco ao saber das nossas andanças pela madrugada nas imediações do morro, pois saíamos da Saint Romain, seguíamos pela Barão da Torre (passávamos em frente às escadas de entrada do Cantagalo) e por esta seguíamos até a Redentor. Deixava a moça em casa e fazia o mesmo itinerário na volta, isso às 2 horas da manhã. E nunca nos aconteceu nada.Hoje não faço tal itinerário em horário nenhum, dou voltas, mas por esses locais não passo.Medo mesmo. Não é só de assalto, mas de ser achado por uma bala perdida, coisa corriqueira naquelas paragens.Mas tudo mudou, o malandro do tempo de Noel, de navalha na meia, e todo de branco, foi substituído pelo “soldado” encapuzado e portando um AR-15 ou um AK-47, e que não gosta de samba, só de rap. Sem papo, sem lorota, sem gingado, só violência e raiva.Eu não faço mais aquele itinerário, e as janelas do meu antigo apartamento estão gradeadas, todo o prédio foi cercado por uma grade de ferro altíssima, verde, e cheia de pontas aguçadas.E era um prediozinho tão charmoso, meio art-nouveau, e agora ostenta ares de uma minifortaleza, e tem que ser, pois está no front, entre o asfalto e o morro, na conhecida “Terra de Ninguém”.É só um predinho na Saint Romain,
mas como dói!

Caio Mourão era joalheiro, pintor,escultor,crônista .

"..Não acredito em bala perdida, está se perdeu mesmo.
Perigosa é aquela que acha alguém..."

segunda-feira, setembro 22, 2008

RICARDO BARRADAS - AVALIADORDEARTE

Festival de Folclore de Jequitibá - MG - Cores e Culturas










Festival de Folclore 2008 está repleta de oportunidades para que você conheça as riquezas que estão guardadas na memória e no corpo das pessoas de Jequitibá. Além das apresentações artísticas, o público tem a opção de participar de oficinas de aprendizagem, com o objetivo de levar para a casa a lembrança dos gestos, cantos e orações na cabeça e no próprio corpo.

FESTA DO FOLCLORE – (09 e 10 DE setembro)Todas as apresentações são voltadas para a igreja católica, dividem-se em dança, música e canto.O que diferencia as apresentações de Jequitibá é a riqueza e o número de cada apresentação, pois cada grupo tem mais de cinco cantos, danças e músicas com características próprias. A festa é realizada pela Prefeitura e conta com presenças de: Frei Chico /Grupos Folclóricos de Jequitibá e de diversos lugares/ Secretaria M. de Educação / Escolas Municipais e Estaduais / Bandas de Música / Fanfarras, Conselho M. de Cultura e atualmente o PETI.É comemorada com várias atrações, tais como: Exposição Folclórica / Danças Folclóricas / Apresentações dos Grupos Folclóricos / Missa Conga / Barraquinhas com exposições e vendas de artesanatos e comidas típicas;A festa é realizada durante 02 (dois) dias, sendo, Sábado e Domingo, recebemos em torno de 4.000 visitantes. É realizada com Cerimonial de abertura, incluindo o hasteamento da Bandeira do Folclore de Jequitibá.

Jequitibá possui uma das maiores diversidades culturais do
país. Este fato se deve a forma com que tais manifestações
surgiram neste pequeno município de Minas Gerais.
Nos tempos antigos das tropas, por ali passavam todos os que vinham
do sertão do
norte de Minas Gerais, margeando o Rio das Velhas, gente da Bahia,
gente do Nordeste
que deixou pelo caminho, cultura e tradição.
O movimento de preservação da cultura popular de Jequitibá
começou na década de
1980, por iniciativa do advogado Geraldo Inocêncio de Sousa, grande amante e
incentivador das tradições folclóricas.
Em 1988, ao ser convidado para participar como
festeiro da principal celebração católica da cidade,
a festa do Santíssimo Sacramento, o
Padroeiro de Jequitibá, Inocêncio, propôs que os
grupos folclóricos do município
participassem também da comemoração. A idéia foi aceita e
naquele ano, 10 grupos se
apresentaram. Era o início do Festival do Folclore.
Das ruas da cidade, os grupos também se apresentavam na
casa de Inocêncio, que
trazia amigos e conhecidos para participar dos saraus
folclóricos realizados na varanda
da sua casa em Jequitibá. Dentre eles, o jornalista e historiador,
Carlos Felipe que assim
definiu a cultura da cidade: “a riqueza cultural de Jequitibá
praticamente permanece
inalterada, devido ao isolamento da cidade em relação à
Belo Horizonte e as áreas
metropolitanas. Esse fato fez com que a cultural local e
os folguedos se mantivessem
como eram e sem sofrer alterações, como aconteceu
em outras regiões do estado
diante do processo de aculturação e influências”.
Jequitibá recebeu o título de Capital Mineira do Folclore.
A ostentação deste título,
constituído legalmente pela Administração Municipal
tem suas razões: a cidade
apresenta mais de 15 grupos folclóricos que
preservam inúmeras manifestações
populares e se destaca por preservar o batuque de viola,
único no Brasil. Além do
batuque, a cultura de Jequitibá reúne a arte popular
das pastorinhas, contra-dança,
dança do Tear, Fim de Capina, Folia de São Sebastião,
Folia de Nossa Senhora do
Rosário, Folia de São Miguel, Folia de São Geraldo,
Folia de São Gonçalo, Folia de
Santo Antônio, Folia do Divino, Folia de São João,
Folia de Santos Reis, Folia de Santa
Luzia, Folia de volta dos Magos, Folia de Nossa Senhora]
Aparecida Boi da Manta,
Incelências para Chuva, Encomendação de Almas, Ladainhas,
Casamentos com
Embaixada, Dança da Vara, Congado, Cantigas de Roda,
Dança da Fita, Dança do
Coelho, Dança do Serrador, Quadrilhas folclórica, etc.
Essas manifestações trazem nomes importantes
para a cultura logal e regional, como o
de Zé da Ernestina (atual Rei Congo do Estado de
Minas Gerais, o mestre violeiro
Nelson Jacó, Dona Elza de Pindaíbas, Raimundinho das Perobas,
João Gualberto em
Lagoa da Trindade, “Seu” Juvercino, Marly no Souza,
Zé Gomes no Baú, Zé Limão em
Lagoa Trindade, Dona Araci e Mariângela em Vargem Bonita,
Zacarias em Vera Cruz, e
tantos outros que dão autenticidade ao título de Capital Mineira do Folclore.
Jequitibá está presente no corpo, na voz e na alma do moradores. Mas também
encontra lugar em vários segmentos
do conhecimento e da arte contemporânea.
Acadêmicos, folcloristas, compositores, músicos e jornalistas,
durante todo o ano
buscam informações sobre a riqueza produzida e
preservada pelos grupos folclóricos.
Segundo o músico e compositor Eliezer Teixeira,
em seu livro Prosa e Cantoria: “a
cultura popular de Jequitibá oferece uma
peculiaridade para a mesma manifestação,
que também se realiza, nos povoados vizinhos, quer na afinação da viola, para
determinada folia, quer no ritmo, na devoção cultuada de modo diferente; por
exemplo no povoado do Baú , a folia de Reis só anda à noite,
porque eles acreditam
que a estrela só se vê no escuro; já no povoado de Souza, ela sai de dia,
e dizem que
para Santos Reis ele é visível também durante o dia.
É isso que enriquece ainda mais a
cultura popular espontânea” .
Já para Frei Chico, em Jequitibá a valorização
da cultura própria do lugar, é um
importante fator de educação nas escolas, e meio de desenvolvimento social,
econômico e cultural da cidade. O jornalista do Jornal
Hoje em Dia, Renato Alves
também acredita que a riqueza cultural da cidade se deve à tradição de famílias locais.
“As danças e os cantos são passados de geração para geração.
Em nenhum outro
município do Estado o folclore parece tão forte e tão vivo”,
destaca Alves.

Mais informações no site abaixo :

tel. 55+ xx (31) 3717-6222








PONTO CINE - O RETORNO DE UMA ARTE PARA O PÚBLICO


PONTO CINE - RIO DE JANEIRO




Ponto Cine, fica bem na entrada do Guadalupe Shoping. O endereço certo é Estrada do Camboatá, n°2.300. Guadalupe.Rio de Janeiro. No material de divulgação eles se anunciam como “a primeira sala popular de cinema digital do Brasil”, e também como “um dos cinema mais simpáticos do Rio”. O cinema já funciona há dois anos em Guadalupe, bairro do caloroso subúrbio carioca. . Acredito que o Ponto Cine seria uma idéia interessante em qualquer contexto, porém, a coisa ganha ainda mais força com o fenômeno do desaparecimento das salas de cinema,é vergonhoso como as salas de espetaculos cinematograficos ficaram,através dos anos só ilhados pelos bairros da Zona Sul. Existem dados que mostram uma queda vertiginosa no número total de salas de cinema no Brasil. Parece um retrocesso, mas dos anos 70 até hoje o número de cinemas decaiu. Esse emagrecimento da rede exibidora atingiu principalmente os cinemas de rua e os do subúrbio,muitos deles arrebatados paulatinamente pela proliferação das seitas evangélicas. Onde era cinema,hoje é templo,de "Show da Fé".O documentário Rio de cinema mostra como as salas de exibição se espalhavam por toda periferia da cidade. Nos bons tempos existia praticamente um cinema nas mediações de cada estação de trem. O Ponto Cine é um projeto que nasceu pra cobrir um pouco da demanda criada por esse esvaziamento. O cinema já recebeu a visita de gente do quilate de Cacá Diegues, Zelito Viana, Carla Camurati,os Artistas Plásticos Roberto de Souza,Francesco Brunocilla,entre outros. A proposta de ser um cinema popular toca em um dos pontos fundamentais na questão do acesso a cultura, o valor do ingresso. Para quem ganha um salário mínimo ir ao cinema é realmente uma grande aventura. Os ingressos são caros, cineminha de Cinemax e LSRibeiro pode ser programinha para gastar até R$50, preço salgado pra maior parte da população,que vive com salário mínimo.No Ponto Cine,os ingressos são bem mais acessiveis.O ingresso custa R$6 (inteira), R$3 (meia).


"Pintura Musical", de Carlito Rodrigues


Carlito Rodrigues - Pintura Musical
Folic Galeria, no Rio Design Barra
2008






ART BERLIN 2008

31 October - 3 November 2008
ART FORUM BERLIN 2008
International Fair for Contemporary ArtBerlin Fairgrounds, Halls 18-20Masurenallee, Berlin-Charlottenburgdaily noon - 8 pm, Wed. until 6pm

sábado, setembro 20, 2008

EMANOEL ARAÚJO - ARTISTA PLÁSTICO e CURADOR


Emanoel Araújo - "Arcanjo da Justiça"
xilogravura - ass. e dat. - década de 60 - Bahia.
Coleção Ricardo Barradas - RJ




"AVENIDA PAULISTA"
Escultura em Aço Carbono Pintado,
com certificado do próprio artista.
Coleção Ricardo Barradas - RJ


Histórico da obra e procedências:


Segundo o próprio relato documental do artista esta obra,

foi realizada na década de 80,e foi produzida e exposta por diversas vêzes

na Mini-Serie da TV Globo - de mesmo nome:

" Avenida Paulista ", em decorrência deste feito,vários

centros empresariais localizados na famosa
Avenida de mesmo nome,da cidade de São Paulo,passaram à encomendar "obras- simbolos",peças escultóricas semelhante ao exemplar piloto,exposto
na TV GLOBO,que é esta.
Obras construtivas,e na mesma cor original.
Tonalidade de vermelho forte,do vermelho Ferrari,
do vermelho Marbhoro,cor das célebres esculturas,
criadas por Emanoel Araújo,como se pode ver na escultura,
que é capa,desta recente publicação abaixo.


Ex - Coleção Walter Clark - RJ
Ex - Coleção Renato Pacote - RJ
Atualmente na Coleção Ricardo Barradas - RJ





Emanoel Araujo - Miguel de Almeida
Coleção Arte de Bolso.
Cia Editorial Nacional.






Emanoel Alves de Araújo

(Santo Amaro da Purificação,BA, 1940)


Artista Plástico,intelctual,escritor,pesquisador,escultor, desenhista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo baiano. Filho de pai cafuzo e mãe mestiça, Emanoel nasceu em uma tradicional cidade baiana, cujo cenário o inspirou para a execução de algumas de suas produções. Descendente da terceira geração de grandes ourives, ainda novo foi aprendiz de marceneiro do mestre Eufrásio Vargas; aos treze anos trabalhou em linotipia e composição gráfica na Imprensa Oficial do Estado – experiência de grande importância para o domínio da técnica e para a sensibilidade da expressão.Mudou para Salvador com o intuito de cursar Arquitetura, mas suas constantes visitas à exposições e museus fez com seus planos tomassem outro rumo. Foi quando se matriculou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde teve aulas de gravura com o mestre Henrique Oswald, artista que por admiração queria que Emanuel fosse seu substituto no ensino universitário.Foi diretor do Museu de Arte da Bahia de 1981 a 1983. Enquanto morava em São Paulo foi diretor da Pinacoteca do Estado (1992 a 2002), recebeu menção honrosa especial da Associação Brasileira de Críticos de Arte (1999), foi curador e diretor do Museu Afro-Brasil, do qual possuia obras de sua coleção (2004) e assumiu o cargo de Secretário Municipal de Cultura, do qual renunciou poucos meses depois (2005).Em Brasília, foi membro convidado da Comissão dos Museus (1995) e do Conselho Federal de Política Cultural (1996), instituídos pelo Ministério da Cultura. No período de um ano – a convite do City College University of New York – lecionou artes gráficas, desenho, escultura e gravura (onde desenvolveu diversos modos para obter peças gravadas, utilizando superfícies de plástico laminado e fórmica).Realizou várias exposições individuais e coletivas por todo o Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão. Como não podia deixar de ser, recebeu diversos prêmios em todas as técnicas trabalhadas.Para Emanuel suas raízes (descendente de criativos ourives), sua cidade natal (região tipicamente baiana de infindáveis belezas naturais) e suas idéias de representar o mundo à sua volta (seja sobre o passado ou sobre o presente como a escravidão, a perda da terra para os colonizadores, a presença africana na cultura brasileira e outros tantos fatores) foram de excepcional importância para a execução de seus trabalhos. As características de suas obras e sua constante aquisição de um vasto conhecimento cultural fez com que suas obras obtivessem o calor e a sensibilidade contidos na população brasileira que nem todos os estrangeiros ou mesmo os próprios brasileiros vêem. Araújo vem sendo considerado um extraordinário escultor. Suas obras tridimensionais se destacam pelas grandes dimensões, pelos relevos e pela formas integrantes nas edificações urbanas. Seu estilo – mesmo sendo único – dialoga com movimentos artísticos de toda a história, mas sempre com ênfase nos detalhes que descrevem e valorizam as características africanas. Por amor à arte e à cultura, Emanuel Araújo liderou, uma gigantesca reestruturação na Pinacoteca do Estado de São Paulo (um dos roteiros turísticos culturais da cidade) nos anos 90, transformando o prédio num dos principais museus do país, apto a receber grandes exposições nacionais e internacionais. Agora a Pinacoteca possui dinamismo para maior acesso público; no entanto, essa transformação não se limita apenas ao espaço físico do edifício, mas em seu ideal. Além de um museu, a Pinacoteca é um lugar para quem procura nutrir a mente e o espírito.


FARNESE DE ANDRADE - "Assemblages"

Página do Livro da Cosac&Naify
Assemblage - s/título
(faca,melancia de madeira,pote,esfera,gamela e caixa),
68 x 37 x 20 cm,
Ex- Coleção Ricardo Barradas - RJ
Atual Coleção Emanoel Araújo - SP




Uma das "Assemblages" adquiridas por Ricardo Barradas,
diretamente do artista,Farnese de Andrade.



LIVRO de FARNESE DE ANDRADE
pela Cosac & Naify


A cada novo objeto confirmo a mim mesmo que ninguém conhece a obra completa de Farnese de Andrade. Mesmo com a mostra, que teve a curadoria do historiador e editor Charles Cosac, que também assinou o principal texto do catálogo, no CCBB do RJ,explorarando vários aspectos singulares da obra de Farnese, que muitos dizem ,que era dono de uma personalidade difícil, morreu em 1996, aos 70 anos, sem ter sua obra suficientemente analisada pela crítica nem absorvida pelo Mercado de Arte.

Eu particularmente estive com Farnese ,algumas vêzes,e sempre fui muito bem tratado.Parece que um mundo particular,gravitacional,se formou entre nós,desde o primeiro de nossos encontros.Eu adquiri,várias "Caixas- Objetos"
e alguns objetos "poliesters" de suas mãos,algumas que ainda tenho,e outras que com o passar dos anos,fui colocando no Mercado de Arte.
Acho muitas vêzes,que algumas obras clamam por seguirem seus novos caminhos,a obra de arte é extremamente dinâmica,não foram idealizadas para ficarem estáticas,presas ou trancadas,entre quatro paredes.Hoje com a Internet,a maioria das obras de arte,de todos os tempos,se revigoram,suas imagens passeiam por pontos do globo,que em outra época,seriam mais que improváveis,circularem.

Quanto às Obras de Farnese de Andrade,
não acredito muito,em certos profissionais do Mercado de Arte,
que se dizem "donos" ou profundos conhecedores da obra do Artista.
Na verdade,são personagens,querendo algum tipo de promoção
fictícia,ou vantagem inexcrupulosa,já que o artista em vida,
jamais passou procuração,para ninguém responder,por
parte,muito menos pela totalidade,
de sua produção artística.
Acredito sim,que muitos conhecem parte do processo
criativo do artista,assim como eu particularmente conheço,e bem,
já que adquiri várias obras diretamente,muitas delas,que figuraram
em várias mostras e exposições do Artista,
como à exemplo,desta que aqui faço referencia,por ter
reencontrado acidentalmente,uma das fotos,
tiradas por mim mesmo,
e por que em
diversas vêzes,Eu e Farnese,trocamos idéias e informações,
sobre à sua Arte como um todo.



FARNESE DE ANDRADE


Nascido em Araguary, no Triângulo Mineiro, em 1926, Farnese de Andrade Neto entrou em 1945 na Escola do Parque de Belo Horizonte, onde foi aluno de Guignard e contemporâneo de artistas como Amilcar de Castro, Mary Vieira e Mário Siléso. Começou a carreira como desenhista e gravador e, a partir de 1964, passou a transformar os restos de madeira e brinquedos que coletava junto com conchas e detritos vindos do mar em obras de arte. Essas obras — assemblages de composições e formatos variados .As primeiras caixas de Farnese já misturam bonecos destruídos, mariscos, cacos e bolas de vidro. Embora tenha sido muitas vezes chamado de escultor, o artista nada esculpia; apenas dava tratamento ao mobiliário mineiro de roça que adquiria em fontes diversas (antiquários, feiras e depósito de demolição), misturando-os à "coleção de restos" que reunia nas praias e até mesmo na rua. As imagens de santos também são um elemento recorrente em sua obra. Elas aparecem invertidas, mutiladas ou envoltas em redomas (nas peças mais antigas) ou resina (mais recentes). Sobretudo os santos popularizados pela Umbanda — como Iemanjá, São Jorge e os gêmeos São Cosme e São Damião. Em minha Coleção Particular,guardo alguns exemplares destes "Santos",alguns deles,sei que o amigo FARNESE,fêz de forma singular para mim.Por minha religiosidade católica,e minhas ligações com a Igreja Social,nos trabalhos nas Pastorais,alguns artistas,brincam entre si,falando que eu seja verdadeiramente "O Padre das Artes",dizem assim de forma carinhosa e prestigiosa,pela minha vasta cultura religiosa.Na composição de Farnese,chamada de "Anunciação" (1984), uma gamela de madeira em cujo fundo o artista acrescentou uma foto de bebê e a forma de um ovo.
Para a crítica Uiara Bartira a obra de Farnese está estruturada a partir de signos. Apesar de profundamente autobiográficas, suas peças abordariam o tempo inteiro a dualidade entre a vida e a morte — e a angústia do homem diante do fato inevitável de que vai morrer. Outros antagonismos, como o entre feminino e masculino, também são abordados nas "assemblages".
"Suportes como gamelas, oratórios, armários e caixas de resina são utilizados como ‘corpo’ e definem diferentes segmentos. As gamelas falam da sensualidade — o feminino —, o que está embaixo. Os oratórios, da cerebralidade — o masculino —, o que está em cima. Os armários discutem sexualidade, o egoísmo, a posse. As caixas — inside — o egocentrismo. Nas resinas residem os medos, as inseguranças e as ansiedades", escreve Uiara.
Bonecos queimados ou mutilados também são outra marca da obra do artista, como se observava na série de trabalhos sobre a tragédia atômica de Hiroshima, que estava presente na mostra do CCBB. Eles também aparecem no filme "Farnese" (1970), dirigido e roteirizado pelo crítico de arte Olívio Tavares de Araújo e escolhido melhor curta-metragem no Festival de Cinema de Brasília de 1971. No filme — restaurado em 2001 e transformado em um DVD que faz parte do livro de luxo "Farnese de Andrade", editado pela Cosac Naify — a voz em off do diretor comenta o que o espectador está vendo:
"Campos de concentração, cidades devastadas, bombardeiros repletos de Napalm, um humanismo esmagado, a manhã seguinte em Hiroshima e Nagazaki. É nesta atmosfera que respiram os habitantes das caixas de Farnese. A eles se aplica um antigo paradoxo. Imagens que não suportaríamos em sua existência original, depois de reelaboradas pelo artista adquirem uma nova e positiva dimensão. E oferecem uma emoção vizinha da alegria: o prazer que resulta, por força, da beleza".
No texto de apresentação do catálogo-livro, é do curador Charles Cosac, também um amigo do artista, estabelece um paralelo entre a obra de Farnese e artistas do construtivismo brasileiro, como Lygia Clark, Mary Vieira e Amílcar de Castro. No livro Farnese de Andrade, da Cosac Naify, o crítico Rodrigo Naves destaca, no texto "A grande tristeza", a sensação perturbadora que é estar diante das obras de Farnese de Andrade : "Conheço pouca coisa mais triste que os trabalhos de Farnese de Andrade. Essas cabeças de boneca arrancadas do corpo lembram maldades de infância. As madeiras gastas de seus trabalhos guardam um tempo esponjoso, que se acumula sobre s ombros e nos paralisa os movimentos. As fotografias e imagens presas nos blocos de poliéster falam de um passado que nos inquieta, mas que não podemos remover ou processar, já que não mais nos pertence."

sexta-feira, setembro 19, 2008

DRICA QUEIROZ - ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA

Drica Queiroz






Os povos que disputam a primazia da invenção do vidro são os egípcios e os fenícios, notícias mais verossímeis, relatam que o vidro surgiu pelo menos 4.000 anos A.C.
Sua decomposição é gerada a partir de 4.000 anos.Parece que o 4 acompanha à história do vidro,de forma enigmática.
Existem vários processos com o vidro,o de vidro temperado é um deles,fusão calórica entre 700° e 800° por intermédio de um forno e um resfriamento com choque térmico, causando aumento da resistência por compactação.

O aumento de resistência destes vidros temperados,podem chegar até a 87%.

O vidro após o processo de têmpera, não poderá ser submetido a recortes e furos. Ganha mais resitência,mas se finda dentro de si mesmo.



Assim parece ser a arte escultorica da Artista Paulista Drica Queiroz,quando transita pela Arte do Vidro.

Apesar destas técnicas serem muito antigas e por si só são também extremamente modernas, ativas,e corretas.

Nas décadas passadas,vimos um transitar excessivo pelos corredores das produções artísticas nas Artes Plásticas Brasileiras e Internacionais,de uma infinidade de derivações plásticas.Fato que ocorreu exageradamente nas Artes Escultóricas Modernas,Concretas e Pós-Modernas.

O Poliester,o acrílico,o plástico,o galalite,às inúmeras derivações plásticas,principalemente vindas do Petróleo.

Parece que agora,exige se o afastamento de qualquer comportamento anti-ecológico.E por conta disto,vários artistas contemporâneos,se voltam para o vidro,objetivando o mesmo resultado visual,à transparência,os efeitos com a dimensionalidade,e se colocarem politicamente corretos frente as novas exigências da grande cobrança social de seu tempo.

Mas alguns Artistas Modernos brasileiros,irão em breve,
ingressarem na arte do vidro,mas a Artísta Plástica Drica Queiroz,
já transita neste universo,a algum tempo,
e com isto alcançou reconhecidamente à maturidade.
Por conta,deste antever,desta posição nata de vanguarda,desta maestria escultórica que a artista paulistana Drica Queiroz,já é apontada pela crítica especializada nas Artes Plásticas,tanto no Brasil como na Europa,e na América do Norte,como uma das mais promissoras artistas brasileiras da nova geração,que vem alcançando fama,reconhecimento público e renome internacional,no ambiente hermético da
Arte Escultórica Contemporânea Mundial.

Drica Queiroz,é bem mais do que uma mediadora habilidosa de uma técnica milenar,é na verdade uma artistas sensível e organizada,teimosa consigo mesma e persistente,fiel e afetuosa com sua Arte.
A explosão de afetuosidade na criação,transparece a cada detalhe de cada canto das esculturas da artista,o amor exagerado pela técnica,o exercício insano de expressar de forma mais simples,e objetiva,o sentimento,à expressão
imprecisa que não navega por estabilidade alguma.
É a arte e a tenacidade da técnica sua verdadeira luta
para atingir o seu mais que perfeito.
A menina Drica é muito ligada a sua família,suas origens.
Mas ao mesmo tempo,busca cada vez mais,mais visibilidade,
por sua arte,e o entendimento de fato,do que o coração
sonhador,sempre diz.

Bem mais além dos lógicos objetivos,que podem bastar para alguns artistas.Drica Queiroz,é impaciente,a maior parte do tempo,quando cria,
antes de encontrar
à sintese mais que perfeita de cada forma,não consegue deixar fluir.

Comumente Drica Queiroz é reservada e pensativa.

Mas parece,mesmo que a cada nova imagem refletida frente ao espelho,
de cada nova escultura de Drica Queiroz,o mundo a vida,redescobrem-se por uma nova face mais bonita,e enigmática.

Na verdade parece me que a Vida ao redor,a Identidade e a Personalidade da Artista e da Mulher Drica Queiroz,reinventam se por inteiro,após cada imagem justificadamente refletida em cada parte lisa e polida do Vidro Liquido,
de cada uma de suas criações.
Penso que cada feixo de luz embrionário,prismáticamente é decomposto por cada composição feita pela a Artista Drica Queiroz,e revela se em vida,na tonalidade própria da atmosfera exata,
que todos nos gostariamos de vivermos um dia.


Ricardo Barradas

Setembro - 2008




Visitem o site da grande artista:

http://www.dricaqueiroz.com.br/





quinta-feira, setembro 18, 2008

Miss Penitenciária 2008 - Ressocialização

EM BREVE ! ! !

PRISON TOUR BY BRAZIL
reservas
55+XX+11+ 999999999999999999
Enquanto isto.








Vera Fischer - Miss Brasil 69.


O sonho continua...



...."O SONHO,ou o pesadêlo, NÃO ACABA .

O BRASIL supera-se a cada FEITO"....


2008


B R A S I L



PORTO VELHO - RONDÕNIA



Concurso de Miss Penitenciária 2008


Penitenciária Feminina de Porto Velho (RO) realizou pela primeira vez no Estado um concurso de beleza com as presas. 21 candidatas participaram da 1ª etapa do Miss Penitenciária Rondônia 2008.
Dez finalistas serão selecionadas para a final, no dia 26 na Casa de Cultura Ivan Marrocos, na capital do Estado. O desfile encerrará a I Mostra Cultural "Ressocialização através da Arte" com exposição dos trabalhos artesanais produzidos no sistema penitenciário da cidade.
De acordo com o diretor-geral da Unidade Prisional, José Bonifácio, além de aumentar a auto-estima das apenadas através da valorização, a atividade contribui para uma maior interação entre essas mulheres e a sociedade que muitas vezes despreza essa parcela da população.
A jovem que for eleita Miss Penitenciária vai ganhar com uma TV 14 polegadas, a segunda colocada ganhará um aparelho de som e a terceira um secador de cabelo com prancha. Todas as finalistas ganharão também uma faixa de reconhecimento.


O Evento faz parte da:


I Mostra Cultural “Ressocialização através da Arte”

Colônias Agricolas Prisionais,não podem....Miss Penitenciária,pode.


Muito em breve:
Prison Tours













quarta-feira, setembro 17, 2008

INVENÇÕES BRASILEIRAS,NEM ZUBI ESCAPA.

ZUMBI DOS PALMARES






Parece que nada está perfeitamente feito em terras brasileiras,o Brasil e o imaginário brasileiro,tem a grande necessidade de reinventar,aprimorar,aperfeiçoar,melhorar,o que já está direito....tanto que de tanto consertar,acaba estragando....como dizem as mais linguas que é o significado da marca CCE - Conserta,Conserta, e Estraga.Mas não é sobre a reinvenções tecnológicas que eu venho aqui falar hoje.Nem mesmo das altas técnologias,utilizadas,a partir da fita crepe,do pedaço de arame,e do durepox.
Venho falar do nosso grande heroi negro ZUMBI dos PALMARES,
que tem monumento erguido em sua homenagem na Av Presidente Vargas,no Estado e Cidade do Rio de Janeiro,Brasil.Uma das mais belas reinvenções brasileiras.Não que a figura de Zumbi dos Palmares,seja inventada,mas aquela cabeça de Príncipe Nigeriano que se encontra no Monumento erguido para homenagear o ZUMBI,no RJ,sim.
Dizem que a escultura da cabeça do referido Príncipe Nigeriano,se encontra originalmente em um Museu na cidade de Londres - Inglaterra,e que a partir de uma imagem dela,que foi fundida esta réplica,só falta ter sido fundida paralelamente,sem qualquer autorização legal do Museu Inglês,o que é muito possível,de ter ocorrido,se tratando de Brasil.

Então, pelo que se sabe Zumbi dos Palmares,nada teve haver com a Nigéria.E o que ocorre mais uma vez,imperdoavelmente,
é mais uma nova alegoria foi reinventada no BRASIL.

Até quando o Brasil terá esta vocação
de reinventa lo à cada próximo momento?????

Eis a questão????


terça-feira, setembro 16, 2008

Tribunal Regional do Trabalho - 1ª Região
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra
Delegacia do Estado do Rio de Janeiro - 2008


Prezado Artista,

Ë com grande satisfação que o convidamos a participar do 6º Salão de Artes da ADESG, que se realizará no CENTRO CULTURAL da JUSTIÇA DO TRABALHO..
Para que o Salão tenha sucesso, é fundamental a sua participação . Assim encaminhamos o Regulamento abaixo, com as datas previstas, esperando contar com sua presença , prestigiando e abrilhantando nosso Salão de Artes .



REGULAMENTO DO VI SALÃO DE ARTES - 2008

TEMA - LIVRE
“O BRASIL E SUAS FORMAS DE TRABALHO... TURISMO... ESPORTE... ARTE E CULTURA ..., visando retratar através das Artes o BRASIL em sua beleza histórica, cultural, folclórica, geográfica, turística ; a fauna e a flora; seus tipos folclóricos, indígenas e típicos de qualquer região do BRASIL. Visando também valorizar, os Artistas que estarão representando seus Estados, participando da Exposição.


PARTICIPAÇÃO: ,
Os artistas poderão participar nas seguintes modalidades:
PINTURA ACADÊMICA, CONTEMPORÂNEA OU DECORATIVA (óleo, acrílico), AQUARELA, NANQUIM, XILOGRAVURA, DESENHO, FOTOGRAFIA (arte no papel), ESCULTURA , INSTALAÇÃO , E OUTROS.
As Obras deverão ter a medida média de 1.00 x 1.00, com ou sem moldura e estar com arame para serem penduradas.


INSCRIÇÃO E ENTREGA DAS OBRAS:
Será feita no período de 29 de SETEMBRO a 06 de OUTUBRO (2ª a 6ª feira) no horário de 10 às 16 horas.
no Centro Cultural da Justiça do Trabalho, Av. Pres. Antonio Carlos, 251 – Centro / RJ.
OBS: entrada também pela Rua da Imprensa, atrás do TRT com estacionamento rápido na porta (carga e descarga) para entrega das Obras.

As Obras deverão ter as seguintes informações: Título, medida, técnica e preço, ( caso queira vendê–la).
A taxa de inscrição será de R$ 70,00 (setenta reais) uma (01) Obra, R$ 100,00 (cem reais) duas (02) Obras

INSCRIÇÕES DE ARTISTAS DE OUTROS ESTADOS:
Será feita mediante o envio das Obras até o dia 06 de OUTUBRO, acompanhadas do pagamento com cheque nominal à Vera Figueredo, ou quantia correspondente junto com as Obras, ou com a xerox do documento de depósito efetuado na conta nº 01 248998-3 / Ag. 0233 / Caixa Econômica Federal – RJ e enviado por SEDEX OU SILMILAR com o nome do artista e os dados acima relacionados para o VI SALÃO DE ARTES DA ADESG,
A/C de Vera Figueredo, à Rua Visconde de Abaeté 103 – Vila Isabel - RJ – CEP 20551-080



JULGAMENTO:
As Obras serão julgadas em sessão reservada e serão constituídos os seguintes prêmios:
Prêmio Melhor Obra - Troféu ADESG, Troféu Destaque , Prêmio ALAP Ouro - Prata - Bronze
Medalhas de Ouro, Prata, Bronze e Menções Honrosas, a critério do júri, para cada modalidade, (as medalhas serão específicas para este evento ).
A cada Artista só poderá ser conferido um prêmio e todos os demais participantes receberão o Certificado de Participação.


CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO:
Será realizada no dia 15 de OUTUBRO, às 15 horas, no Auditório do TRT – 4º andar, seguindo-se o Coquetel de confraternização, no Salão de Exposições.
A Exposição estará aberta ao público de 13 a 22 de OUTUBRO, de 2ª a 6º feira., de 10 às 16 horas


DISPOSIÇÕES GERAIS:
A retirada das Obras será feita nos dias 23, 24 e 27 de OUTUBRO no mesmo horário impreterivelmente. As de outras localidades, serão posteriormente encaminhadas por SEDEX ou SIMILAR ao Artista
Ápos 05 (cinco) dias desse prazo, caso não haja justificativa, as Obras deixadas serão enviadas ao Acervo da ADESG.

MAIORES INFORMAÇÕES: Cel. (21 ) 9966 3547 - Vera Figueiredo – Curadora do Salão de Artes .
Email: verafigueredo@uol.com.br
(21) 2221-0373 - Marilene - ADESG / RJ
divulgação avaliadordearte

sábado, setembro 13, 2008

I Meeting Internacional Bahia Graffiti

foto ilustrativa do livro: Gaffiti no Brasil





Salvador - O Instituto Cultural Brasil Itália Europa (ICBIE)



promove de 13 a 19 de setembro a Semana de Artede Rua, e o I Meeting Internacional Bahia Graffiti com participação de artistas da França, Portugal, Colômbia, Itália, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Argélia, Alemanha Suíça, Chile e Brasil. Na programação do evento estão incluídas vernissage, pintura social no bairro de Massaranduba, Cine Fórum com exibição de filmes sobre graffiti na Aliança Francesa, festa de hip-hop no Pelourinho, além de oficinas de graffiti. A finalidade principal do evento é criar na Bahia um pólo internacional de encontro entre os novos artistas de rua: writers, muralistas e grafiteiros, e colocar-se no centro de um novo movimento revolucionário de street artists. A abertura do evento, para convidados, acontece no próximo sábado (13), às 18h30, na sede do ICBIE (Rua Porto dos Tanheiros, 36, Ribeira).O ICBIE é uma organização sem fins lucrativos que oferece atividades culturais e de formação profissional para jovens e adultos de Salvador, com foco central na Cidade Baixa. Além disso, o Instituto é um centro de intercâmbio que mantém contato permanente entre as culturas italiana, européia e brasileira,

o que motivou a ida de diversos artistas do graffiti à Europa.


MERCADO MUNDO MIX - CURITIBA





quarta-feira, setembro 10, 2008

Mudanças dos fatos reais

"A Grande Batalha" de Antonio Poteiro.

"..de certa forma assim são às grandes histórias das guerras,

das grandes batalhas,só contadas pela visão distorcida dos

vencedores.

Os grandes feitos dos vencidos,ficam para traz,

apagados pelas poeiras do tempo,

é parte da história do que não importa..."

Ricardo Barradas







"O Batismo de Jesus Cristo por São João Baptista."
Assim os posteriores reescreveram na história.



O rabino judeu de nome João,conhecido como

"O Baptizador", aquele que

baptizava nas águas.

Era um pregador judeu,do seculo I, filho do sacerdote judeu

Zacarias e da judia Isabel,que dizem alguns autores

ser prima de Maria,mãe de Jesus de Nazaré.

O rabino João foi profeta do judaismo,

e batizou inúmeros Judeus,

inclusive o judeu Jesus no Rio Jordão,

como ritual de converção judaico.

Este mesmo ritual do baptismo,

mais tarde foi adotado pelo cristianismo.




Veja se esta é a verdadeira história que voçê conhece ???

Foi assim que contaram para voçê????



Assim é com a maioria dos fatos,que são narrados posteriormente,

sobre as sociedades modernas e as culturas contemporâneas.

A maior parte dos pesquisadores,

dos observatórios e nucleos de pesquisa da história,

não possuem testemunhos vivos,

a maioria deles,são muito novos,

tem pouquissíma experiências pessoais,

não tem verdadeiros os registros dos participantes dos fatos.

Muito do passado remoto e recente brasileiro,

está cada vez mais se esvaindo entre os dedos dos

nucleos de pesquisas,

espalhados de norte a sul,do país.

Consequentemente,uma história de neo-ficção será registrada,

bem distante,ou distorcidamente da verdadeira realidade.


Na maioria dos países desenvolvidos,pode se não ter

tanto material,até hoje escrito,mas existe a possibilidade,

futura de uma pesquisa mais correta,

escritos futuros chegarem bem mais próximo

das realidades dos fatos que ocorreram no passado.

Por que a própria legislação,procura savalguardar os

registros diversificados da história moderna

de cada cultura.

Mas no Brasil,não existe,legislação alguma específica sobre

documentação histórica e social,

e muito menos grande depósitos,ou ambientes de vasta reserva técnica , estes mantenedores

da guarda,conservação,e catalogação destes registros.

Não possuimos uma politica clara e eficiênte para

a Memória Brasileira.

Alguns abusos,algumas vantagens,são obtidas por

certos grupos privados,quando ao nosso maior bem,

a cultura do povo brasileiro.

A cada nova viagem,um outro turísta estrangeiro,leva mais

um pedacinho de nossa história,sem qualquer complicação

legal,que iniba,este tipo vergonhoso de procedimento.

As leis que delimitam,às esferas legais do material importante para nossa soberania cultural e

preservação da tradição histórica e social,

ainda são muito ineficazes.Não constituem savalguarda alguma.

E com isto nosso valoroso patrimônio cultural,se vai.

Até que futuramente:

A nossa verdadeira história,deverá ser

re-escrita,por elementos e documentos,

e portanto mais se aproximando da verdade,

em publicações estrangeiras.

Teremos que aprender história do Brasil,em nossas escolas,

com livros didáticos,editados no exterior,

não mais na lingua mãe brasileira,

estarão futuramente,no idioma dos redatores da história,

em Inglês ou Francês,quem sabe mais futuramente,ainda,

em aramaico ou em mandarin.

Não exteriorizo nenhuma simpatia a qualquer absurdo

princípio xenofóbico.

Mas o Brasil deveria cuidar mais dos seus Brasis Culturais.

Antes que os perca por completo.









segunda-feira, setembro 08, 2008

INVENTABILIDADES e CONSTRUÇÕES

O elo entre o Mercado de Arte,e a Institucionalidade Acadêmica da Arte,é um constante desafio pessoal em meu trabalho dentro das Artes,no Brasil e no Mundo.Tanto que foi a tal ponto,que tive,a necessidade de inventar o termo,que hoje é largamente difundido, o do "AVALIADORDEARTE".
Da mesma forma,vejo êste mesmo momento no ambiente da Gestão e Produção Cultural.Vejo um mar imenso de novas possibilidades criativas e um habitat -meio - extremamente frutífero para todas as novas inventabilidades.
O ambiente novo que se forma,e uma instrumentabilidade a se recriar,a cada ação que,repetidamente na continuidade,agora se esterotipizam.Percebo que os Universos,são totalmente novos.Como parte de algum novo capítulo ,da atual história da arte contemporânea,que ainda não foi escrito.
Somos todos,agentes dos fatos dos atos,parte viva da história,pesquisadores e historiadores.
Pessoas,tempos,lugares,fatos,ocorridos,memórias sociais e politicas,registros,conhecimentos e valores,a serem preservadas doravante,ou esquecidas futuramente,como parte do todo que já existe hoje em nossas vidas,em nossas memórias disponíveis,ou parte de tudo,que algum dia já existiu,mas que educacionalmente e culturalmente esquecemos,também.
Ninguém tem a menor idéia do que sobreviverá verdadeiramente na Cultura Contemporânea,em todas às diversas formas de expressões da Arte.

NOVAS IDEIAS E ANTIGAS SOB OUTROS PONTOS DE VISTA

As observações e perceberes do cotidiano,sempre me interessaram muito.
E muito mais,agora,por este moderno formato de expressão que vem sendo facilitado por estas modernas ferramentas internéticas da modernidade,que são os todos poderosos BLOGS.
O Blog,nosso de cada dia,dádiva original livre de qualquer pecado,dinãmico,e vivo,parte e completo,ferramenta de verdade e de todas as mentiras juntas e acrescidas de meias verdades,dentro de seus próprios movimentos,sejam eles diários,semanais, ou eventuais.
É uma forma de composição literária,livre e desforme,sem seguir modêlo algum,que mais me apaiona,nos ultimos tempos.
Quando eu era garoto,lembro me bem,que já me inclinava muito para esta preferência literária,inclinava me para o estilo das Crônicas,o ato de escrever quase que jornalistico,redação simples,popular,e por serem leves,e objetivas,consequentemente simples.Por serem livres e por terem elementos próprios do contidiano de todo mundo,características simples existentes em vários perfis populares ou inventados,a vida comum e fantásticos,viviam entrelaçados.A total liberdade literária,perante às crônicas,sempre me atrairam muito.
Agora com esta ferramenta à favor desta forma literária,os amados populares e idolatrados blogs,parecem que intitucionalizam de forma mais dinamica as velhas empoeiradas crônicas literárias para todo e sempre,permitem que diversos sêres comuns,relatem passagens da vida diaria sob seus pontos de vista,a toda liberdade.
Incrível imaginar,que neste exato momento,pode haver mais de alguns milhares de pessoas,em vários lugares do planeta,fazendo exatamente isto: relatando,e registrando a sua forma suas impressões diárias e cotidianas,assim como eu registros ás minhas,por aqui. Com todos os objetivos de total liberdade,e objetivo exato de compromisso,nenhum.Parte do principio,meio e fim.O real,enfim mais verdadeiro.Talvez,por conta disto,que sempre fundamento um pouco mais,a minha justificativa para o não uso do corretor de texto.Prefiro,editar minhas impressões digitais,de forma livre,sem papel carbono,sem corretores ortográficos.As imagens aceleradas,apostando corrida imprópria com o catar de milho,de meus dedos indicadores,frente ao teclado,meio que apagado,de meu velho laptop.
Toda vez que costumo,voltar a um lugar que fui em outro tempo muito feliz,configuro possibilidades reais de me arrepender por ter voltado lá.Ontem passei na porta de um Edificio,que fui exatamente feliz,e em poucos minutos posteriores,busquei,e logo a seguir,me arrependi,mais uma vez.
Não devemos voltar aos lugares que fomos por alguma vez,muito feliz....Cada vez mais,isto é bem verdade,para mim.
Gosto muito,desta possibilidade de vida não retocada.
Das várias tentativas feitas,sem necessidade de passar a limpo,retoca-las por que esteja incompletas ou não verdadeiras.Gosto da objetividade em pedaços,como é o perceber de cada um,frente a um mesmo fato,segundo à otica pessoal de cada um dos observadores do mesmo ato.

Alguns dias atraz,postei por aqui,um texto desenvolvido por mim sobre Gestão Cultural.Êste texto,faz parte,de meus trabalhos-idéias de meu Curso de Pós-Graduação da FGV.A seguir postarei,o mesmo texto,com uma nova variação de idéias.



GESTOR CULTURAL

Com a crescente aceleração global,o mercado de trabalho cada vez mais exige novas posturas profissionais,assim também nas áreas da cultura e da educação,e por conseguinte,exigida uma atuações mais completas,mais competitivas e mais dinâmicas.
Neste próprio universo social e cultural,ressurge a discussão sobre o reflexivo e o conceitual na cultura e na educação.Assim como nos limites que compreendem os raios de ações gerenciais e organizacionais de um de seus agentes,que aqui,priorizamos como : O Gestor Cultural.
Ao mesmo tempo que se pergunta,o papel na gestão da cultura,reformula se também perguntas sobre o campo de ação do Gestor Cultural,os campos de interatividades deste agente,entre as esferas públicas e privadas,como também nas organizações múltiplas de terceiro setor.
Ao mesmo tempo que percebe-se e obedece as inter-relações com as outras áreas menos artísticas,mas de grande importância para a unidade e identidade da sociedade contemporânea,e seu tempo.
Estas gestões necessárias são: educacional,institucional,social,político,ambiental,sustentável,turístico,entre tantas outras.
A exemplo típico desta multiplicidade,as ações gerenciais que cada gestor comete,perante cada ação futura,é exemplificada de forma clara,pela comunicação que acontece com tudo que está ligado e interligado,e muito mais,com áreas que não estão ligadas,diretamente ao processo,mas poderão vir a estarem interligadas,e terem conseqüências a partir destas ligações.A cada novo passo do processo evolutivo do trabalho,novas interligações se formam,e consequentemente geram novos atos e passos no mesmo processo.
Vários passos do processo,interagem entre si,perdendo cada um deles,o respectivo valor real ou atributo original,ganham entre si,valores ocasionais revelados ou relativos,entre o momento original e o momento que estão,no meio da participação.É o papel que cada um deles assume,no presente momento no curso da gestão,ou em ação futura,na vida útil da administração e ou da gerencia.
Os passos são como pequenos degraus de uma grande escada imaginária,tais passos encontram se nos movimentos de planejamento,nas ações de suporte econômico,de suporte jurídico,de propaganda e marketing,e por conseguinte administrativo,são todos parte e sujeitos,lideranças e liderados,que se interagem dentro de uma mesma esfera,da própria gestão.
É importante que cada Gestor Cultural transite dentro da área legal,institucional,cultural,étnica,filosófica e religiosa ecumênica.Que prime por um comportamento universal,de inclusão e pensamento enciclopedista.Nunca se coloque em qualquer posição fundamental,radical,ou absoluta.Traga como alma o principio mais abrangente da universalidade,que deverá sempre ser obedecido,a favor da humanidade livre e da vida justa.
A função desta multiplicidade,cresce na atual sociedade moderna a preocupação com a formação dos futuros Gestores Culturais,e é cobrado o delineamento do ambiente gravitacional deste profissional,entre os órgãos públicos e as instituições privadas,e por conseguinte como de forma mais certa a concretização,promoção.o estudo, e reconhecimento e os parâmetros específicos e éticos ligados a esta formação.
Delinear o meio operante e consolidar ritos mais específicos,dos Gestores Culturais,é o momento que se encontra a maior preocupação da sociedade.
Para que eles, obedeçam às normas culturas universais,transitando pelos universos abrangentes,e não macular cultura,etnia,política,fé,ou filosofia,
de quem quer que seja.Estar politicamente correto,ser agente responsável pela interação dos indivíduos com estes processos.De certa forma ,militar uma circuncisão de atividade cultural universal na propagação do conceito moral de uma maior inclusão social do individuo frente ao institucional.
A sociedade contemporânea do século XXI cobra de todos os seus participantes, um código ético mais especifico,uma sincronia mais forte de cada um de seus participantes, suas ações próprias,e os espaço comum a todos eles.O Mundo moderno do “Vai e Vem“, lugar este que vigora e renova ,a cada novo momento global,através do infinito e continuo,movimento da vida em direção ao futuro.

A conceituação e fundamentação da Arte e da Cultura,deixa de ser acadêmica.
Hoje é parte da preocupação e do desenvolvimento humano,social e econômico,de toda a sociedade.É uma preocupação legitima das sociedades modernas.E por isto,novas metas,vem sendo desenvolvidas para fortalecimento dos pilares éticos sociais,priorizando uma sociedade mais justa e humana,mais integra,mais comprometida com seu tempo e com sua origem.Uma sociedade,mais representativa de seu povo,lugar com uma melhor distribuição horizontal,menos próxima do flagelo humilhante vertical e por assim dizer,mais democrática,ou mais próxima da tão sonhada democracia,utópica e iluminada.
O objetivo destas metas,são que tenham efeitos multiplicadores,por reação direta as novas produções,entrelaçando de forma mais específica e atitudes mais profissionalizadas,recebendo cada atividade,melhor interação dos profissionais correspondentes e exatos.Estas ações priorizam,a circulação nas gestões de profissionais de cultura,cada vez mais bem formados e ao mesmo tempo integrando por obediências,integridade aos princípios, e conceitos éticos e profissionais,pessoais,culturais,institucionais,e patrimoniais.
Em suma,uma boa e verdadeira reconstrução formal do papel do individuo gestor cultural, reconstruído,um profissional renovado,comprometido e antenado com seu tempo e seu espaço.Uma condição renovada profissional,gerada consequentemente por ações e produções da cultura.Gerando maior participação social,de cada um,resgatando a original cidadania do individuo,perante o todo,reconstruindo o papel do ser humano nas modernas sociedades,frente aos avanços tecnológicos.Todo marginal universo global,que dilacera a personalidade do individuo social,de forma acelerada,deve ser extinguido,pois cada vez mais afasta o ser humano,de sua própria gênesis vocacional maior,de sermos enfim,pessoa,animais,objetos e planeta,partes harmoniosas do mesmo perfeito lúdico coletivo.

Gestão Cultural - Profissão e Formação.
A partir do original de Maria Helena Cunha,
Fundação Clovis Salgado.
Teto resumo e interpretação,de:
Ricardo V. Barradas
MBA - Gestão e Produção Cultural - RJ, Setembro de 2008.

quinta-feira, setembro 04, 2008





Dr.Manuel Pessôa-Lopes



De Corpo e Alma.






“...Se vem às tempestades,acostas,que o Porto é Santo.


Se vem às calmarias,percebas que o mar é manto...”


Proclamava no passado o visionário navegador Genovês.


A Lua Senhora é a mais bela e velha testemunha,de cada uma das tentativas da vida permanecer-se viva.


Nunca houve noite que pudesse impedir o nascer do Sol.


As águas primordiais banham,


molham e secam os finos grãos de areias nas praias,


ao mesmo tempo,


que a cada dois anos,


celebram e vivificam-se como num passe de mágica,


alguma liquida parte na obra de cada artista.


A água que flui e nos transborda.


Quando estamos fadados,os pensamentos novos,


revigoram-nos do seu jeito,nossa tremula inquietude.


De certo a juventude,não tem idade


é a parte motriz de um continuo movimento,


que nos joga para frente,e nos joga para traz.


Os rios correm para o mar,as chuvas umedecem a terra.


Repetidamente. Atemporal a qualquer tempo.


Mesmo que as vinhas tragam consigo o gosto amargo da luta,


à brisa,que sopra de tarde,vinda do grande mar azul,


refresca pouco à pouco a alma cinzenta e suada da gente.O novo é a parte sobrevivente do passado,em uma releitura.


Revigora-nos e ficamos pequenos outra vez.


Cada criança assustada,escondida no coração da gente,desperta-se sorridente,na saudade de saber que nada sabeexatamente e tão pouco,cada vez menos se entende.As verdades estão cada vez mais veladas.E vem à luz.A arte,é a parte mais bela de tudo,que na alma da gente,desperta-nos e nos completa,sem qualquer tecnificação estabelecida. E o artista,é todo aquele que,muitas vezes sem percebero que pode acarretar em nós,diz.Universalidades. A arte é o ideograma certo original,a palavra-idéia-universal, nunca dita,mas nem portanto maldita.De todos nossos intranqüilos óbvios,que na vida não permitimos contentamento algum,nem tão pouco,deixamos cair-se em lugar comum.O exato que prevalece e aparece em todos os lugares..A Insensata Rebeldia.A arte é o caminhar de corpo,e alma,e do coração puro,para cada um que segue seu escuro,seu jeito,a cada feito,e não percebe defeito em seu próprio e estreito caminho.O isolamento fértil do artista. Não como um defeito.Mas como único,certo,e egoístico desejo,de ser efemeramente eterno,enquanto dure.Não tão mais que em um instante.Mesmo assim glorificante.A arte é feita para si mesmo.Infinito até o próximo momento.O eterno movimento que nunca para,há de nos apagar.E nossas cinzas serão colocadas no mar.E um dia inadvertidamente,acordarmos e percebermos,que somos enfim,não mais que a pequena parte, frágil e tão engraçada, do desenho riscado,em cada chão de giz.




Texto de Ricardo Barradas para


III Bienal de Porto Santo 2009 - Portugal .