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segunda-feira, setembro 22, 2008

Festival de Folclore de Jequitibá - MG - Cores e Culturas










Festival de Folclore 2008 está repleta de oportunidades para que você conheça as riquezas que estão guardadas na memória e no corpo das pessoas de Jequitibá. Além das apresentações artísticas, o público tem a opção de participar de oficinas de aprendizagem, com o objetivo de levar para a casa a lembrança dos gestos, cantos e orações na cabeça e no próprio corpo.

FESTA DO FOLCLORE – (09 e 10 DE setembro)Todas as apresentações são voltadas para a igreja católica, dividem-se em dança, música e canto.O que diferencia as apresentações de Jequitibá é a riqueza e o número de cada apresentação, pois cada grupo tem mais de cinco cantos, danças e músicas com características próprias. A festa é realizada pela Prefeitura e conta com presenças de: Frei Chico /Grupos Folclóricos de Jequitibá e de diversos lugares/ Secretaria M. de Educação / Escolas Municipais e Estaduais / Bandas de Música / Fanfarras, Conselho M. de Cultura e atualmente o PETI.É comemorada com várias atrações, tais como: Exposição Folclórica / Danças Folclóricas / Apresentações dos Grupos Folclóricos / Missa Conga / Barraquinhas com exposições e vendas de artesanatos e comidas típicas;A festa é realizada durante 02 (dois) dias, sendo, Sábado e Domingo, recebemos em torno de 4.000 visitantes. É realizada com Cerimonial de abertura, incluindo o hasteamento da Bandeira do Folclore de Jequitibá.

Jequitibá possui uma das maiores diversidades culturais do
país. Este fato se deve a forma com que tais manifestações
surgiram neste pequeno município de Minas Gerais.
Nos tempos antigos das tropas, por ali passavam todos os que vinham
do sertão do
norte de Minas Gerais, margeando o Rio das Velhas, gente da Bahia,
gente do Nordeste
que deixou pelo caminho, cultura e tradição.
O movimento de preservação da cultura popular de Jequitibá
começou na década de
1980, por iniciativa do advogado Geraldo Inocêncio de Sousa, grande amante e
incentivador das tradições folclóricas.
Em 1988, ao ser convidado para participar como
festeiro da principal celebração católica da cidade,
a festa do Santíssimo Sacramento, o
Padroeiro de Jequitibá, Inocêncio, propôs que os
grupos folclóricos do município
participassem também da comemoração. A idéia foi aceita e
naquele ano, 10 grupos se
apresentaram. Era o início do Festival do Folclore.
Das ruas da cidade, os grupos também se apresentavam na
casa de Inocêncio, que
trazia amigos e conhecidos para participar dos saraus
folclóricos realizados na varanda
da sua casa em Jequitibá. Dentre eles, o jornalista e historiador,
Carlos Felipe que assim
definiu a cultura da cidade: “a riqueza cultural de Jequitibá
praticamente permanece
inalterada, devido ao isolamento da cidade em relação à
Belo Horizonte e as áreas
metropolitanas. Esse fato fez com que a cultural local e
os folguedos se mantivessem
como eram e sem sofrer alterações, como aconteceu
em outras regiões do estado
diante do processo de aculturação e influências”.
Jequitibá recebeu o título de Capital Mineira do Folclore.
A ostentação deste título,
constituído legalmente pela Administração Municipal
tem suas razões: a cidade
apresenta mais de 15 grupos folclóricos que
preservam inúmeras manifestações
populares e se destaca por preservar o batuque de viola,
único no Brasil. Além do
batuque, a cultura de Jequitibá reúne a arte popular
das pastorinhas, contra-dança,
dança do Tear, Fim de Capina, Folia de São Sebastião,
Folia de Nossa Senhora do
Rosário, Folia de São Miguel, Folia de São Geraldo,
Folia de São Gonçalo, Folia de
Santo Antônio, Folia do Divino, Folia de São João,
Folia de Santos Reis, Folia de Santa
Luzia, Folia de volta dos Magos, Folia de Nossa Senhora]
Aparecida Boi da Manta,
Incelências para Chuva, Encomendação de Almas, Ladainhas,
Casamentos com
Embaixada, Dança da Vara, Congado, Cantigas de Roda,
Dança da Fita, Dança do
Coelho, Dança do Serrador, Quadrilhas folclórica, etc.
Essas manifestações trazem nomes importantes
para a cultura logal e regional, como o
de Zé da Ernestina (atual Rei Congo do Estado de
Minas Gerais, o mestre violeiro
Nelson Jacó, Dona Elza de Pindaíbas, Raimundinho das Perobas,
João Gualberto em
Lagoa da Trindade, “Seu” Juvercino, Marly no Souza,
Zé Gomes no Baú, Zé Limão em
Lagoa Trindade, Dona Araci e Mariângela em Vargem Bonita,
Zacarias em Vera Cruz, e
tantos outros que dão autenticidade ao título de Capital Mineira do Folclore.
Jequitibá está presente no corpo, na voz e na alma do moradores. Mas também
encontra lugar em vários segmentos
do conhecimento e da arte contemporânea.
Acadêmicos, folcloristas, compositores, músicos e jornalistas,
durante todo o ano
buscam informações sobre a riqueza produzida e
preservada pelos grupos folclóricos.
Segundo o músico e compositor Eliezer Teixeira,
em seu livro Prosa e Cantoria: “a
cultura popular de Jequitibá oferece uma
peculiaridade para a mesma manifestação,
que também se realiza, nos povoados vizinhos, quer na afinação da viola, para
determinada folia, quer no ritmo, na devoção cultuada de modo diferente; por
exemplo no povoado do Baú , a folia de Reis só anda à noite,
porque eles acreditam
que a estrela só se vê no escuro; já no povoado de Souza, ela sai de dia,
e dizem que
para Santos Reis ele é visível também durante o dia.
É isso que enriquece ainda mais a
cultura popular espontânea” .
Já para Frei Chico, em Jequitibá a valorização
da cultura própria do lugar, é um
importante fator de educação nas escolas, e meio de desenvolvimento social,
econômico e cultural da cidade. O jornalista do Jornal
Hoje em Dia, Renato Alves
também acredita que a riqueza cultural da cidade se deve à tradição de famílias locais.
“As danças e os cantos são passados de geração para geração.
Em nenhum outro
município do Estado o folclore parece tão forte e tão vivo”,
destaca Alves.

Mais informações no site abaixo :

tel. 55+ xx (31) 3717-6222